Digestivo nº 466 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

busca | avançada
105 mil/dia
2,0 milhão/mês
Mais Recentes
>>> Cultura Circular: fundo do British Council investe em festivais sustentáveis e colaboração cultural
>>> Construtores com Coletivo Vertigem
>>> Expo. 'Unindo Vozes Contra a Violência de Gênero' no Conselho Federal da OAB
>>> Novo livro de Nélio Silzantov, semifinalista do Jabuti de 2023, aborda geração nos anos 90
>>> PinForPeace realiza visita à Exposição “A Tragédia do Holocausto”
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> O Big Brother e a legião de Trumans
>>> Garganta profunda_Dusty Springfield
>>> Susan Sontag em carne e osso
>>> Todas as artes: Jardel Dias Cavalcanti
>>> Soco no saco
>>> Xingando semáforos inocentes
>>> Os autômatos de Agnaldo Pinho
>>> Esporte de risco
>>> Tito Leite atravessa o deserto com poesia
>>> Sim, Thomas Bernhard
Colunistas
Últimos Posts
>>> Glenn Greenwald sobre a censura no Brasil de hoje
>>> Fernando Schüler sobre o crime de opinião
>>> Folha:'Censura promovida por Moraes tem de acabar'
>>> Pondé sobre o crime de opinião no Brasil de hoje
>>> Uma nova forma de Macarthismo?
>>> Metallica homenageando Elton John
>>> Fernando Schüler sobre a liberdade de expressão
>>> Confissões de uma jovem leitora
>>> Ray Kurzweil sobre a singularidade (2024)
>>> O robô da Figure e da OpenAI
Últimos Posts
>>> Salve Jorge
>>> AUSÊNCIA
>>> Mestres do ar, a esperança nos céus da II Guerra
>>> O Mal necessário
>>> Guerra. Estupidez e desvario.
>>> Calourada
>>> Apagão
>>> Napoleão, de Ridley de Scott: nem todo poder basta
>>> Sem noção
>>> Ícaro e Satã
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Unsigned and independent
>>> Pô, Gostei da Sua Saia
>>> Poesia e inspiração
>>> Painel entalhado em pranchas de cedro *VÍDEO*
>>> 21 de Novembro #digestivo10anos
>>> Orgulho e preconceito, de Jane Austen
>>> Orgulho e preconceito, de Jane Austen
>>> Orgulho e preconceito, de Jane Austen
>>> Bem longe
>>> O centenário de Mario Quintana, o poeta passarinho
Mais Recentes
>>> O dedal da vovó de Lúcia Pimentel pela Ftd (1991)
>>> Livro Linguística A Arte de Escrever Bem Um Guia para Jornalistas e Profissionais de Dad Squarisi pela Contexto (2007)
>>> Macaquinho de Ronaldo Simoes pela (1985)
>>> Um rato no prato de Humberto Borém pela Compor (1997)
>>> Os 13 Porquês de Jay asher pela Ática (2009)
>>> Deixe os Homens Aos Seus Pés de Marie Forleo pela Universo dos Livros (2009)
>>> O empinador de estrela de Lourenço Diaféria pela Moderna (1984)
>>> Livro Saúde Mentes Insaciáveis Anorexia, Bulumia e Compulsão Alimentar Saiba como identificar e superar esses transtorno de Ana Beatriz B Silva pela Ediouro (2005)
>>> Girassóis de Iêda dias pela Compor (1999)
>>> God Gave Us Easter de Lisa Tawn Bergren pela Waterbrook (2013)
>>> Bule de café de Luís Camargo pela Atica (1991)
>>> Análise Técnica Explicada de Martin J. Pring pela McGraw Hill
>>> As sobrinhas da bruxa onilda e cinderela de M. Company pela Scipione (1997)
>>> Livro Psicologia Linguagem do Corpo Beleza e Saúde 2 de Cristina Cairo pela Barany (2013)
>>> Contos Negros de Ruth Guimarães pela Faro Editorial (2020)
>>> Nas Invisíveis Asas Da Poesia de John Keats pela Iluminuras (1998)
>>> Lola E O Garoto Da Casa Ao Lado de Stephanie Perkins pela Novo Conceito (2012)
>>> The Chord Wheel: The Ultimate Tool For All Musicians de Jim Fleser pela Hal Leonard (2010)
>>> Poesia Da Recusa de Augusto De Campos pela Perspectiva (2011)
>>> O Presente Do Meu Grande Amor de Stephanie Perkins pela Intrínseca (2014)
>>> Livro Filosofia Cognitio Revista de Filosofia de Vários Autores pela Educ (2005)
>>> Cliente Nunca Mais de Almeida pela Casa Da Qualidade (1994)
>>> Anna E O Beijo Frances de Stephanie Perkins pela Novo Conceito (2011)
>>> Um De Nós Está Mentindo de Karen M. pela Galera (2021)
>>> Trono De Vidro - Imperio De Tempestades Vol. 5 de Sarah J. Maas pela Galera (2023)
DIGESTIVOS

Quinta-feira, 15/7/2010
Digestivo nº 466
Julio Daio Borges
+ de 4800 Acessos




Além do Mais >>> A Economia das Crises, por Nouriel Roubini e Stephen Mihm
Nouriel Roubini, como pouquíssima gente, previu a crise de 2008, a maior desde a Grande Depressão. De repente, em setembro de 2008, todo mundo acessava seu site, o RGE Monitor, desde Paul Krugman, o futuro Nobel de economia, até a nossa professora Eliana Cardoso, aqui no Brasil. Roubini passara de um profeta do apocalipse para um guru, faturando alto, merecidamente, e rodando o mundo nos anos seguintes. Em A Economia das Crises, no entanto, Roubini tenta mostrar, humildemente talvez, que prever a crise de 2008 estava ao alcance de todos — era óbvio. Roubini muito provavelmente não conheceu Nélson Rodrigues, mas, para ele, o dramaturgo guardaria uma frase infalível: "Só os profetas enxergam o óbvio". Só os profetas, Roubini. O livro, pela editora Intrínseca, é, felizmente, muito mais do que esse argumento inicial. Além de confrontar a crise de 2008 com suas principais antecessoras — ressaltando seus pontos em comum —, A Economia das Crises refaz o passo a passo da chamada "crise do subprime", analisando seus desdobramentos e propondo medidas para conter outros terremotos de igual magnitude (no futuro). Roubini afirma que crises são inerentes ao capitalismo, mas que preparar o sistema financeiro para as próximas décadas é nossa obrigação hoje. Como Anna Schwartz e Charles R. Morris, Roubini alerta para a sensação enganadora de que "a crise já passou" — ou de que "não foi tão grave assim" —, os deficits orçamentários, que cresceram a fim de apagar o incêndio em 2008, podem provocar novos desastres desde a Grécia até a Europa, desde o Japão até os Estados Unidos. Quanto ao Brasil, Roubini elogia o País por ter feito sua "lição de casa" nos últimos governos, mas adverte que há mais por fazer, não se esquecendo, especialmente, da crise de 1998-1999. A Economia das Crises começa melhor do que termina (começa com uma menção ao Cisne Negro, de Taleb, e termina com muitos adendos, uma "conclusão", uma "perspectiva"), mas é leitura obrigatória. Afinal de contas, ainda que "óbvios", os profetas costumam acertar... mais que os economistas. [3 Comentário(s)]
>>> A Economia das Crises
 



Literatura >>> A Questão dos Livros, de Robert Darnton
Ao contrário dos jornais que passaram anos ignorando a questão da internet para depois se relançar como "do futuro", o mercado editorial brasileiro se comportou de forma mais madura, e depois do Kindle (e do iPad), resolveu encarar o assunto da digitalização. A Companhia das Letras saiu na liderança com, justamente, A Questão dos Livros, de Robert Darnton, ex-professor de Princeton e atual diretor da biblioteca da Universidade de Harvard. O volume foi considerado datado pela imprensa e, de fato, Darnton coligiu seu ensaios antes do iPad (a Amazon, por exemplo, surge mais como livraria do que como editora ou distribuidora de livros eletrônicos). Possivelmente redigido no auge do Google — antes da Apple ultrapassá-lo em valor de mercado —, o livro discute basicamente o avanço do gigante das buscas em direção ao acervo de bibliotecas públicas. Darnton escreve à maneira de um acadêmico francês com aversão ao capitalismo, mas seu argumento faz sentido (embora tenha perdido a força): o Google Book Search está se apoderando de um patrimônio comum, para veicular anúncios e "monetizá-lo", atropelando editores, autores e guarda-livros. O tom de A Questão dos Livros é apocalíptico, e alguém que o ler sem as últimas informações do iPad e do Kindle, vai se preparar para a débâcle da civilização. O fato é que, em matéria de livro eletrônico, a Amazon tomou a dianteira e a Apple lançou sua versão de leitor apenas neste ano. Outros fabricantes, como a HP, também devem consolidar seus aparelhos, mas a verdade é que o Google não se definiu em matéria de tablet (apesar dos rumores). Ninguém imaginava, ainda, que o iPhone (2007) fosse se consagrar como plataforma e, na sua esteira, o promissor iPad. Assim, os temores de Darnton se revelaram infundados, porque o Google Book Search não se tornou tão hegemônico. Mais um exemplo: Tim O'Reilly, o editor e visionário da Web 2.0, teme, hoje, muito mais a Apple do que o Google (em termos de monopólio). A digitalização dos livros é, definitivamente, um fato, mas A Questão dos Livros serve para nos mostrar que a discussão de ontem não é a de hoje, muito menos os vaticínios e os temores. [3 Comentário(s)]
>>> A Questão dos Livros
 



Internet >>> Coders at Work, de Peter Seibel
Pode-se dizer que Founders at Work, de Jessica Livingston, marcou época. Reunindo empreendedores de internet, Livingston conseguiu extrair, de muitos deles, a "essência" das startups dos últimos anos. Conversando com fundadores desde o Yahoo até o Twitter, passando pelo Hotmail e pelo PayPal, Livingston, de alguma forma, registrou aquele momento de incrível solidão, entre o início de um empreendimento (que pode dar errado) e sua realização, às vezes sua consagração. Coders at Work, de Peter Seibel, parecia igualmente auspicioso. Afinal, para cada site de internet, deve existir um programador, um webmaster, que, muitas vezes, coincide com seu fundador. Ou não? Talvez Coders at Work não funcione da mesma forma que seu predecessor porque a maioria dos programadores no livro são, basicamente, executores. Visionários são os empreendedores. Claro que o criador da Javascript, o participante dos primórdios da Netscape e o autor de The Art of Computer Programming têm coisas interessantes a dizer. E um código — como o de Marc Andreessen, que começou no Mosaic, passou pelo Navigator e acabou no Explorer, no Firefox — pode mudar o mundo, mas o problema é que a maioria dos programadores exala certa frustração, por ter estado lá — tão perto —, mas por não ter, de repente, protagonizado a ação. Sem contar as montanhas de dinheiro, se avolumando, além do seu alcance. Reza a lenda que, na IPO da Apple, Steve Wozniak, sensibilizado, distribuiu suas ações entre os engenheiros da empresa. Enquanto Steve Jobs, anos depois, readquiriu o controle da Pixar de seus funcionários, depois de financiá-la inutilmente durante anos. Programação tem idade limite? E sucesso? Peter Seibel pergunta, ao observar, mui discretamente, que muitos grandes programadores terminaram como empregados obscuros do Google, da Apple, da Microsoft... Founders at Work dá vontade de empreender. Já Coders at Work, nem tanto ;-) [Comente esta Nota]
>>> Coders at Work
 



Televisão >>> House, 6ª Temporada
Se começou como uma das melhores temporadas de House — com Gregory no hospital psiquiátrico —, a Sexta terminou com uma das piores audiências desde a Primeira. Desde que perdeu a equipe que o consagrou, House vinha tentando reestruturá-la e as últimas temporadas foram basicamente sobre isso. Como ninguém mais aguentava seus processos de seleção — e as mortes, na equipe —, os roteiristas acharam por bem devolver-lhe Chase e Foreman, acrescidos de Taub e de "Thirteen". Cameron se afastaria (com o fim de seu casamento), Wilson perderia traumaticamente a namorada, ciceroneando House (no novo apartamento), enquanto Cuddy se amancebaria com Lucas... A Sexta temporada foi importante para, inicialmente, enfraquecer o personagem todo-poderoso de Hugh Laurie. Afinal, ao ceder à internação no hospital psiquiátrico, House estava admitindo que não conseguia mais lutar contra o vício em Vicodin. Estava admitindo uma fraqueza, uma derrota, e, mais adiante, estava se submetendo a um terapeuta que poderia discutir "de igual para igual" com ele (como até então ninguém havia feito). Nos derradeiros meta-episódios — presentes desde a Primeira temporada —, Cuddy também lhe falaria umas verdades, até porque ela estava noivando, Wilson retomando um casamento, e só ele, House, não conseguia avançar (move on), amadurecer: estava sozinho, estava condenado à solidão. Poderia ser um final demolidor mas um beijo selou uma promessa... para a Sétima temporada. A exemplo de Lost, os roteiristas de House estão ficando sem saída, ou então desistem de ser "coerentes", como os de 24 Horas. Assim como Jack Bauer — que House, às vezes, cita —, Gregory ou morre por bala (como já quase morreu), ou por vício, ou, finalmente, enlouquece de vez. A mensagem do seriado parece ser: não adianta você ser um gênio, se você não for também... um homem, um ser humano. É uma bonita mensagem, mas o melhor de House talvez sejam os diálogos — até porque Hugh Laurie nunca foi tão engraçado quanto... House. [Comente esta Nota]
>>> House, M.D.
 

 
Julio Daio Borges
Editor
* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Fazendo a Estrategia Acontecer Balanced Scorecard - Livro
Fernando Luzio
Luzio
(2005)



Rocco e Seus Irmãos
Luchino Visconti
Civilização Brasileira
(1967)



Religião da Origem à Ideologia
Júlio José Chiavenato
Funpec
(2002)



Dibujo y Grabado En Chile
Enrique Solanich Sotomayor
Chile
(1987)



Cabala: Para Viver Com Sabedoria No Mundo Moderno
Kim Zetter
Nova Era
(2007)



Livro Literatura Estrangeira Ass-holes A Theory
Aaron James
Anchor Books
(2014)



A Conspiração Medusa 1 493
Gordon Korman
Ática
(2012)



A Arquitetura de Paz e Segurança Africana
Luiz Ivaldo Villafañe Gomes Santos
Fundação Alexandre de Gusmã
(2011)



Do estudo e da oração
J. Guinsburg
Perspectiva
(1968)



Estudos Econômicos Vol 12 Nº 1 - 1982
Ipe
Ipe
(1982)





busca | avançada
105 mil/dia
2,0 milhão/mês