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Quarta-feira, 7/11/2007
Os Franceses, de Ricardo Corrêa Coelho

Julio Daio Borges




Digestivo nº 347 >>> Os franceses estão em voga, no mundo hoje, com a ascensão de Nicolas Sarkozy. Está, claro, longe de ser uma unanimidade - mas chama a atenção de todo mundo, de volta para a França. Talvez pensando nisso, a editora Contexto lançou o ótimo Os Franceses, de Ricardo Corrêa Coelho. Coleção que começou com o excelente O Mundo Muçulmano (2004), de Peter Demant, no rastro das atenções voltadas para o Oriente após o 11 de Setembro, já teve também Os Italianos, Os Japoneses (ambos apelando à imigração no estado de São Paulo) e Os Espanhóis. Pode, à primeira vista, parecer desinteressante para quem não tem algum tipo de ligação com a França, mas Os Franceses é tão bem estruturado e realizado que acaba entrando na categoria de "cultura geral" - aquela que todo mundo deveria ter. Puxando pelos gauleses (Asterix é ficção, mas a Gália, não) e pelos reis francos, Ricardo Corrêa Coelho passa pela Monarquia, pelo Império, pela República, pelas Colônias e desemboca na França hoje, entre a imigração e o multiculturalismo. Fora o aspecto histórico obrigatório, o volume também aborda os costumes (a língua, o minitel, os queijos e os vinhos) e as instituições nacionais (a Revolução, Napoleão, os intelectuais, a esquerda, as écoles, os museus e o cinema). Em pouco mais de trezentas páginas, impossível pensar em uma panorâmica tão completa da França, tão instrutiva e acessível ao mesmo tempo. Ainda que cientista social da USP, Ricardo Corrêa Coelho escreve sem o ranço da academia, abordando curiosidades sem deixar o essencial de fora. Lendo-o, descobrimos que continuamos de certa maneira perto da França, embora o Século de Sartre tenha ficado para trás...
>>> Os Franceses
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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