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Segunda-feira, 3/12/2001
Me leiam, não me deixem morrer
Julio Daio Borges
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Digestivo nº 59 >>> Lygia Fagundes Telles esteve no Esquina da Palavra, do Itaú Cultural. Há mais de 70 anos, uma militante incansável da Literatura, trazendo novo alento aos jovens escritores. Um exemplo de pessoa que se dez através dos livros, formação rara hoje em dia, caminhando a passos largos para a extinção. Desencantada com o audiovisual, observa que atualmente não encontra anúncio em que o anunciante não seja o sexo. Defende o amor platônico com unhas e dentes porque, em sua concepção, ele corre paralelamente à inteligência. Lygia, aliás, foi musa dos maiores poetas do século XX: Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Uma gente que daqui a pouco vira nome de estátua, rua ou viaduto para, aí sim, cair definitivamente no esquecimento. Lygia defende ardentemente uma causa perdida: a da escrita. E pede insistentemente: me leiam, não me deixem morrer. Um apelo tão genuíno que conduz o espectador a um de seus livros. Qualquer que seja, quem quer que seja, ela autografará sempre afetuosamente, na primavera, no verão, no outono ou no inverno. Um passeio que vale à pena – e que se recomenda vivamente aos não-iniciados – é aquele por Ciranda de Pedra. A obra conta a saga de Virgínia: primeiro, uma menina renegada, fruto de um amor proibido, solta no mundo, sem família; depois, uma mulher feita, crescida no isolamento e na distância, num internato, voltando às origens para encontrar uma realidade degradada e degradante. Virgínia que, a princípio, produz estranhamento, por ser tão desajeitada, malquista e não especialmente bonita, acaba por conquistar a todos, justamente pela diferença, por ter escolhido um caminho somente seu. Virgínia não é a autora. Virgínia, única, não é ninguém.Virgínia, no fundo, é cada um de nós. Vivendo uma infância idealizada, num universo de sonho, às vezes cruel, porém fascinante nos seus mistérios. Uma juventude de recriminações, na solidão do quarto fechado, na busca incessante pela pessoa que se vai ser. Uma idade adulta de choques e descobertas, do peso e da complexidade do mundo, que não é nem bom nem ruim, apenas é, irremediavelmente. Eis o passeio por Ciranda de Pedra. Um jogo, ao mesmo tempo, sério e brincalhão. Tanto por tão pouco. Me leiam, não me deixem morrer.
>>> "Ciranda de Pedra" - Lygia Fagundes Telles - 190 págs. - Rocco
 
Julio Daio Borges
Editor
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