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Terça-feira, 11/8/2015
Helena Seger
Julio Daio Borges



Atendendo a pedidos, publicamos pequenas entrevistas com os Blogueiros do Digestivo - JDB

Qual é a sua história com o Digestivo? (Como conheceu; há quanto tempo lê; por que acredita na iniciativa do Digestivo Blogs.)

O Digestivo sempre esteve presente de uma forma ou outra na minha cabeça ou ponta da língua. A minha mãe acessa o site há anos, sempre me mandou por e-mail textos interessantes e abriu a minha cabeça para o mundo literário (e que mundo). Letra por letra, fui me construindo.

A iniciativa do Digestivo Blogs é incrível, pois poderei escrever, e quem sabe inspirar alguém, da mesma forma que eu fui inspirada.

Existem muitos escritores aninhados no desconhecimento. Tantas palavras esperando cansadas (quase como em uma fila do SUS) para serem lidas - e, agora, serão.

Qual é o seu "background" (sua formação)? De onde vem; o que estudou; quais trabalhos seus citaria etc.

De berço, e chão, da terra da garoa (São Paulo), escrevo desde que me conheço por gente.

Acredito que a escrita é a arte de mais livre expressão, e, assim, "poemizo" a vida a cada respiro: procurando um escape, ou um retorno.

Publiquei em 2014 o meu livro Enlatados de poesia, que partiu de um blog de 4 anos. Fui publicada no livro Antologia Poética dos vencedores do Concurso Nacional Novos Poetas de 2013, e também na abertura dos capítulos do livro Cadê Você, Bebê, de Liliana Seger.

Estudo Design Gráfico na Belas Artes e canto onde houver som.

Sobre quais temas vai falar/tratar no seu blog?

Vou tratar de cultura, de poema, de vida. Vou deixar política para os políticos, economia para os economistas, crítica para os críticos e escreverei de gente. Pois nada melhor que um humano para falar de outro.

Você já teve blog? Se sim, qual (ou quais), e com que repercussão?

Escrevi durante quatro anos o blog Enlatados, como disse. Após a publicação do livro Enlatados, migrei para o Digestivo Cultural, com o blog Abrindo a Lata.

O primeiro blog era como um bolo caseiro, come quem vai em casa (apenas os amigos mais próximos conheciam). Já o novo blog é um sonho-de-valsa, qualquer um pode comer.

Como é se interessar por cultura, ou ter uma atividade intelectual, ou simplesmente ler o Digestivo, num país como o Brasil, ou sendo brasileiro? É uma profissão de fé? Ou é um desafio que te motiva (no dia a dia)?

Não sei dizer de outro país, então: quem sou eu para comparar essa terra com outra? Mas digo o seguinte: não há muita gente que não se interesse por cultura...

Ela está de todas as formas nos rondando e nos chamando, seja em uma exposição (que se for em São Paulo estará com fila o dia inteiro), ou até assistindo à novela das oito. Nós criamos a cultura, geramos, e a colocamos no mundo - então nada mais justo que nos interessarmos por ela.

O que impede a cultura (escrita) de estar mais difundida é o acesso. As pessoas se aconchegam com o conhecido e não vêem necessidade de procurar algo novo.

A cultura, portanto, tem que estar ao alcance dos dedos e na altura dos olhos, senão "não existe". Não é preciso mais artistas, é preciso mais acesso.

Você acha que, através da internet, podemos mudar esse cenário (de pouca cultura, pouco interesse pela vida intelectual, parca discussão de ideias etc.)?

A internet é ilimitada, está nas mãos do mundo, no lazer e no trabalho. Está nos relacionamentos, no bate-papo, nas contas para pagar e no comércio. A internet virou onipresente, e a cultura em grande parte ficou presa aos livros e revistas, longe dos "tec-tecs" do teclado e do touchscreen.

Uma plataforma virtual para a disseminação de cultura é, de fato, uma solução brilhante. A facilidade traz o desejo de conhecer algo novo, e assim, esse novo pode ser tanto a reportagem que a Kim Kardashian posou nua mais uma vez, ou uma obra literária brilhante. A cultura estando perto, poderá ser vista, e sendo vista... será querida.

Quais foram suas maiores influências? (Não precisa, necessariamente, ser alguém conhecido ou "famoso". Pode citar obras e/ou experiências também.) Quais "modelos" pretende seguir (ou te servem de referência)?

Paulo Leminski. A minha vitrola. Humanos à minha volta.

Arte. Toda e qualquer forma de arte. E, principalmente, a música.

A música e a poesia andam de mãos dadas comigo. Para mim, a música e a poesia são a maior expressão do interior humano possível - portanto, para se expressar, deve se conhecer a expressão...

Onde mais a gente pode te encontrar? (Links ou referências, na internet, que você quiser/puder passar...)

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Nota do Editor
Helena Seger compõe o grupo de blogueiros do Digestivo Cultural ;-)

Julio Daio Borges
11/8/2015 às 11h42

 

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