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Sexta-feira, 30/9/2016
Nirvana pra todos os gostos
Luís Fernando Amâncio

Tem causado furor na internet a interpretação que a atriz Cláudia Ohana fez, no Programa do Jô, para a música “Smells Like Teen Spirit”, clássico do Nirvana. Alguns erros na letra e outros deslizes na afinação fizeram o nome da eterna vampira Natasha, da novela Vamp, ser um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Tamanha comoção fez a atriz vir a público justificar sua versão, lembrando que a interpretação faz mais sentido no contexto em que é apresentada na sua peça Forever Young, o Musical.

Muita gente, porém, estranhou o arranjo da versão, construído, basicamente, com piano e voz. Nesse sentido, vale ressaltar que não é a primeira vez que “Smells Like Teen Spirit” tem uma releitura, digamos, transgressora em relação ao original. A cantora e compositora Tori Amos fez, ainda em 1992, uma das primeiras e mais belas versões do hit, também em piano e voz.



Claro que, tamanho o impacto de Nevermind para o rock e o quarto de século que se passou desde o seu lançamento, não faltam versões de seu primeiro single. E para todos os gostos. Em 1994, ano em que a banda se desfez com a trágica morte de seu vocalista, o grupo britânico The Flying Pickets fez uma competente versão a capella de “Smells Like Teen Spirit”:



Em 2005, o veterano Paul Anka levou a angústia juvenil de Kurt Cobain para o swing:



Há versões mais “convencionais” para a música, como a releitura i>punk rock da banda Blanks 77, lançada no tributo Smells Like Bleach: a punk tribute to Nirvana. E houve também homenagens de bandas que foram influências para o Nirvana, como os covers realizados pelo Meat Puppets e por The Melvins. Nessa categoria, merece destaque a interpretação bastante poética de Patti Smith, presente em seu álbum Twelve.



Enfim, a lista de covers é bem maior do que esta. Nem sempre o resultado agrada – Cláudia Ohana que o diga. Mas vale lembrar que, mesmo que raramente uma releitura supere o original, a existência de tantas e tão distintas versões para uma canção não deixa de ser um índice de sua relevância. E, 25 anos depois, o estrondo que “Smells Like Teen Spirit” causou naquele longínquo 1991 continua repercutindo.

Luís Fernando Amâncio
30/9/2016 às 11h43

 

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