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Terça-feira, 30/1/1973
Nanda Rovere por Nanda Rovere
Nanda Rovere
+ de 7800 Acessos

Nanda Rovere e seu amigo Muzzi

Começar um texto nem sempre é fácil; mas complicado mesmo é expressar, em poucas palavras, quem eu sou!

Meu nome é Chananda Rovere Bento, mas assino Nanda Rovere. Eu nasci em Campinas/SP em 30 de janeiro de 1973. Sou filha única e durante muitos anos morei com minha mãe na casa dos meus avós. Agora resido com a minha mãe num apartamento num bairro central de Campinas e um dos meus prazeres é visitar os meus avós.

Posso dizer que sou uma pessoa privilegiada porque tenho uma família e amigos maravilhosos. Procuro sempre estar de bom humor, mesmo com o nosso mundo atual não colaborando para isso; as guerras, a falta de respeito ao próximo e a ganância de muitos seres humanos me entristece. Por outro lado, acredito que ainda existe muita gente boa e conseguiremos construir um mundo mais justo.

Para descansar e adquirir energia para enfrentar o meu dia-a-dia, eu procuro assistir a espetáculos teatrais freqüentemente. Sempre fui apaixonada por teatro e me pergunto: "De onde vem esse sentimento?". Provavelmente isso nasce com a gente! De qualquer maneira, meu bisavô era ator nos anos 50 e 60. Pode ser que venha dele minha admiração (muitas vezes obsessiva pelo teatro).

Meu bisavô, Domingos Fernandes, era Português e veio para o Brasil com um ano de idade. Morou em Campinas, onde se casou. Logo em seguida, mudou-se com a minha bisavó para Rio Claro, pois foi trabalhar na Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Na Paulista formou um grupo de teatro amador; ora atuava, ora dirigia. Meu "vovô-vovô", como eu o chamava carinhosamente, devia ser talentoso. Foi até convidado para trabalhar num filme da Vera Cruz! Não aceitou porque precisava sustentar três filhos e a mulher; ele achou loucura largar um emprego fixo para tentar a vida como artista em São Paulo. Além de atuar e dirigir, ele chegou a escrever uma peça teatral. Denominada "Confissão", ela foi apresentada na Rádio Educadora de Campinas. Infelizmente, quando ele faleceu em 1986, eu ainda não havia "descoberto" o teatro e nunca conversamos sobre o assunto.

Minha avó sempre comentava que o seu pai tinha sido ator e, alguns anos após a morte do meu querido "bisa", eu resolvi estudar teatro, para entender porquê ele amava tanto essa manifestação artística. Entrei para um curso na escola em que eu cursava a oitava série. Participei de um grupo de teatro amador e a magia do teatro me encantou. Sonhava em ser atriz, mas achei que não tinha talento suficiente...

Na hora de prestar vestibular, acabei escolhendo História e cursei a PUC/São Paulo. Meu objetivo era (e continua sendo) contribuir, através da minha profissão, para uma maior conscientização das pessoas sobre a importância da preservação de nossa memória histórica e cultural; essencial para compreendermos/conhecermos o passado e buscarmos um futuro melhor, na medida em que somos - todos - agentes históricos.

Poderia ter estudado em Campinas, só que tenho familiares na capital paulista e aprendi a gostar da cidade. Nos anos que morei lá, ia praticamente toda semana ao teatro.

Durante a graduação sempre uma pergunta me tirava o sono: Como aliar História e Teatro?

Confesso que ainda não consegui conciliar essas duas áreas profissionalmente (gostaria de cursar Artes Cênicas e quem sabe um dia lecionar História do Teatro)... Sempre que posso procuro resgatar a História do nosso teatro e dos nossos artistas, através dos textos que eu escrevo. Pretendo fazer uma pós-graduação que una essas duas paixões... Isso já é papo para outra conversa...

Num primeiro momento, assisti muitos espetáculos teatrais com atores famosos, mas depois comecei a prestar mais atenção nos atores de teatro (que não necessariamente fazem TV), no circo, no teatro de rua e na cultura popular. Nada contra os artistas famosos, o artista anônimo ou conhecido somente no teatro, no entanto, merece muitos aplausos, pois fazer teatro é apaixonante sem deixar de ser um trabalho árduo!

Meu "gosto teatral" é eclético, mas tenho especial admiração pelo teatro de rua, pelo estilo circence e pelo chamado "teatro experimental". Isso não quer dizer que não respeite o chamado "teatrão comercial", mas vejo poucos espetáculos que merecem esse "rótulo".

O teatro me deixou mais segura, mais consciente da riqueza da arte e do talento dos artistas brasileiros. Também me mostrou que unir reflexão e diversão é muito legal.

Na minha opinião, o teatro pode melhorar o mundo em que vivemos e muitos artistas e grupos trabalham com esse objetivo. Quando vou ao teatro me sinto feliz, me transporto para um mundo mágico e gosto muito quando uma montagem me faz refletir sobre algum assunto e/ou me possibilita ampliar os meus conhecimentos.

Muitos espetáculos marcaram a minha vida e merecem destaque: "Romeu e Julieta" do Grupo Galpão; "Ventania" e "A Ponte e a Água de Piscina" de Alcides Nogueira e direção do Gabriel Villela; "Muro de Arrimo" com Antonio Fagundes - direção do Antonio Abujamra; "A Secreta Obscenidade de Cada Dia" com direção do Ulysses Cruz; "Gertrude Stein, Alice Toklas e Pablo Picasso" com direção do Abujamra/Marcio Aurélio e texto do Alcides Nogueira; "Pólvora e Poesia" também do Alcides; "Interior"; "Uma relação Tão Delicada" com direção do William Pereira; "[email protected]" dos Parlapatões Patifes e Paspalhões; "Deus Sabia de Tudo e Não Fez Nada" e "A Mulher do Trem", com a Cia Os Fofos Encenam.

Como eu gostaria de viajar por todo o Brasil e conhecer as produções teatrais do nosso interior e das capitais mais distantes do eixo Rio-São Paulo! Este ano eu estou muito feliz, pois fui conferir o Festival de Teatro de Curitiba/PR e irei para Paraty/RJ, na Mostra de Teatro de Rua Rio São Paulo. Além disso, assisti espetáculos excelentes, como "A Mulher do Trem" (em cartaz em São Paulo/SP), "Novas Diretrizes Em Tempos de Paz", "Norma", "Interior", "Deus Sabia de Tudo e Não Fez Nada", entre outros.

A minha vida sem o teatro não tem graça e eu espero sempre poder prestigiar os nossos artistas, que aliás, merecem todos os aplausos!

Uma maneira que eu encontrei de colaborar - pelo menos um pouquinho - para a valorização da nossa cultura e divulgação dos artistas brasileiros, foi através da criação de um blog (lá eu sempre faço homenagens a artistas, divulgo e critico eventos culturais). Além disso, comecei a escrever colunas para dois sites: Digestivo Cultural e Barão em Revista.

Preciso me desculpar com os leitores do "Digestivo", pois tenho um espaço para publicar meus textos, desde agosto como colunista - e no ano passado como convidada - e ainda não havia me apresentado!

No dia em que publiquei a minha primeira coluna, planejava fazer uma breve apresentação, mas havia assistido a um espetáculo teatral muito interessante e não consegui deixar de publicar uma resenha sobre o mesmo.

Mas não é só o teatro que me fascina! Diariamente escuto Música Popular Brasileira e a maioria dos textos, eu elaboro ao som de Chico Buarque, Flávio Venturini, Milton Nascimento ou Zeca Baleiro.

Literatura é outra paixão. No momento estou lendo "Budapeste" do Chico e, quando tiver oportunidade, conto o que eu achei.

Acabamos de comemorar o Dia Nacional do Teatro - 19 de setembro - e esse meu depoimento é uma pequena homenagem aos nossos artistas, que iluminam os palcos! Um abraço especial à minha colega de "Digestivo", Rennata Airoldi, atriz de talento que nos brinda com ótimos textos.

Bom, apresentação feita, só me resta desejar uma boa leitura a todos que prestigiam a minha coluna e agradecer pela atenção.

Como se diz no teatro: Merda pra todos!

Nanda Rovere por Nanda Rovere
Uma pessoa em busca da felicidade, que acredita no amor e na amizade!

(Deixo aqui um trecho da música "Tempo e Artista" do Chico Buarque, em homenagem especial ao meu bisavô: "No anfiteatro, sob o céu de estrelas/ Um concerto eu imagino/ Onde, num relance, o tempo alcance a glória/ E o artista, o infinito".)


Nanda Rovere
São Paulo, 30/1/1973

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