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Quinta-feira, 22/8/2013
Acorda e vai trabalhar. Que seja até morrer
Alline Jajah
+ de 4700 Acessos

Esse papo do estagiário que morreu depois de trabalhar virado até seis horas: O cara morreu de EPILEPSIA.

Se fosse morrer de trabalho, desde os doze, quando comecei a trabalhar, eu já deveria ter morrido umas mil vezes. Estudava de manhã e ficava à tarde e a noite trabalhando na Floricultura Mata Verde. Aos catorze fui trabalhar na Millano Pizzaria, na Avenida 136, estudava de manhã e virava a noite pois a pizzaria funcionava de madrugada. Com dezesseis anos comecei a dar aulas de manhã e de tarde e estudava à noite. Chegava em casa meia-noite e corrigia tarefas e cadernos até as quatro da matina. Aos dezoito quando entrei na faculdade, dava aulas à tarde e a noite em quinze turmas e virava as madrugadas corrigindo provas e assim foi até os 28, quando saí da graduação entrei no Clube Jaó e trabalhava o dia todo na assessoria de marketing do clube e virava noites e madrugadas pra ganhar hora extra. Depois disso passei por algumas empresas, sempre dedicando meu tempo a aprender, a trabalhar, a dividir e compartilhar experiências, madrugada afora. Hoje, aos 33 anos, empreendedora, ativa em inúmeros projetos, posso dizer: durmo poucos dias mais de quatro horas por dia. Vejo estudantes de concurso virarem noites, vejo donos de bares que trabalham o dia todo na administração virando noites, vejo pais virarem noites pelos seus filhos E TODO MUNDO ESTÁ VIVO. Já trabalhei infinitas vezes sem retorno financeiro e extenuadamente pela dádiva do aprendizado.

Aí eu leio uma notícia dessa, hoje, quando eu e colegas nos deparamos com essa geração cujo maior montante (ufa! há exceções) é de preguiçosos, marrentos, um bando de mal-criados que vivem do sacrifício dos pais e acham que tem a resposta. Que ao invés de buscarem soluções e investirem em aprendizado e relacionamento, reclamam sem parar. Usam uma bibliografia exteeeensa de três livros e algumas reportagens pra fundamentarem ideias que mal sabem como nasceram. O problema não é não saber, até mesmo porque ninguém sabe. O problema é achar que sabe demais e conhece a vida e o mundo, as relações e o caramba. Morrer de trabalho? Morrer de tentar. TODO MUNDO MORRE TENTANDO.

Quando eu morrer, quero essa mesma notícia: morreu de trabalhar. Morrerei honrada, morrerei tentando mudar meu destino, morrerei tentando provar que empreender - trabalhar incansavelmente para atingir seus objetivos - é a chave para a mudança e a evolução do nosso mundo. E enquanto eu escrevo isso, milhões de pessoas estão por aí, morrendo, trabalhando, ou morrendo de trabalhar.

Acorda, meu irmão, e vai trabalhar. Que seja até morrer. Porque de vagabundos letrados, bastam alguns políticos.


Alline Jajah
Goiânia, 22/8/2013

Quem leu este, também leu esse(s):
01. Era uma vez de Carina Destempero
02. Descobertas responsáveis de Ana Elisa Ribeiro
03. O inverno de Fante de Fabio Silvestre Cardoso


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