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Quinta-feira,
13/4/2017
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Os Doze Trabalhos de Mónika. Prólogo. Sem Alarde
>>> Pairava sobre a professora a indefensável acusação de se recusar a dar certos autores em aula, confirmada por vários alunos. Especialmente Auguste Comte, o pai do positivismo. "Mas o positivismo está morto!", Mónika reagira por instinto. "Aqui em Ambaíba, não!", vociferara a diretora. "Aqui em Ambaíba Comte é parte do currículo e será dado em todas as disciplinas optativas e obrigatórias. Porque os alunos precisam saber o que combatemos."
por Heloisa Pait
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Os Doze Trabalhos de Mónika. 1. À Beira do Abismo
>>> Ficou olhando a cisterna ou o que fosse. Por que ninguém ia ali? Será que era perigoso? Nem bitucas de cigarro, nem preservativos, nada. Nenhum encontro clandestino. A cisterna seria, sei lá, contaminada, radioativa? Nem pichações. Um domo de concreto e Mónika olhando. Não era uma mulher corajosa. Só que não temia por antecipação, não pensava. Contemplou a cisterna como se fosse uma pirâmide egípcia, um monumento inca.
por Heloisa Pait
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Minha finada TV analógica
>>> Chega a madrugada do dia 30 de março, e minha TV estaca em todos os seus canais numa tela branca com um aviso fantasmagórico. Adeus, sinal analógico. Meus sentimentos a um espectro que foi tão útil em vida. Toda uma época se esfumaça num repente. Uma peça de museu acaba de nascer. Sou oficialmente empurrada para o futuro, que se anuncia em outros formatos.
por Elisa Andrade Buzzo
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Aquarius, quebrando as expectativas
>>> Apesar de ter sido posto como um filme sobre uma mulher lutando contra um projeto para demolir o prédio onde vive, em um típico embate de Davi contra Golias, Aquarius, o notório filme de Kleber Mendonça Filho, ovacionado no Festival de Cannes, que bateu na trave para ganhar a Palma de Ouro, vai muito mais longe do que o mero apelo a um modelo de narrativa que tende a cativar o público, a do mais fraco superando o mais forte.
por Guilherme Carvalhal
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O espírito de 1967
>>> Quem entra no estádio Celtic Park, em Glasgow, na Escócia, para assistir a um jogo do Celtic depara-se com uma longa faixa estendida na arquibancada inferior. "The Spirit of 67". Mesmo quem não conheça a história do clube pode intuir que se trata de um ano especial, onde uma vitória ou um título marcaram um grande momento. E terá razão. Trata-se do ano de 1967 - o ano em que o clube de Glasgow sagrou-se campeão europeu numa final eletrizante em cima da poderosíssima Internazionale de Milão Foi a maior glória da história do Celtic.
por Celso A. Uequed Pitol
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Amy Winehouse: uma pintura
>>> A relação entre formas orgânicas e a geometria é uma constante na pintura de Fabricius Nery. Não é diferente o que acontece na tela denominada Amy Winehouse. A homenagem póstuma à cantora se efetiva na relação contrastante entre a presença figurativa da cantora e os enquadramentos geométrico-lineares aos quais está submetida. Na tela as sugestões formais são o elementos que propiciam a possibilidade interpretativa da existência de Amy Winehouse.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Casa Arrumada
>>> Casa arrumada é casa triste como afirma Cortella? Em termos. Aqui em casa a vida transcorre - como em muitas coisas - alternando entre extremos. Pelo ramo materno, os cômodos de uma casa seriam realmente cenários a espera da visita de algum fotógrafo de revista de decoração - ou decorativa. No que dependesse do meu pai, por outro lado, a porta da casa seria amarrada com um pedaço de arame e dormiríamos em esteiras no chão.
por Ricardo de Mattos
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Revolusséries
>>> Hoje em dia, meus amigos cultivam séries de estimação. E não é uma ou duas. São dezenas! Há série para se ver sozinho, em casal e até aquelas, para toda família. Série de humor, para descontrair; série de episódios com reviravolta, para ficar impressionado; série de terror, pra dormir com medo; Black Mirror, pra temer os caminhos da humanidade; tem até série novelão, pra quem prefere uma A Usurpadora que talks in English. Enfim, há séries à rodo. Inclusive séries ruins.
por Luís Fernando Amâncio
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Mais espetáculo que arte
>>> Em tempos de sociedade hipermidiática e em que pequenos e insignificantes acontecimentos sobrepõem fatos relevantes, a visão referente à cerimônia do Oscar foi de certo frisson em torno da gafe na entrega do prêmio de Melhor Filme e um pouco menos no que importa, a imensa qualidade do ganhador Sob a Luz do Luar. Essa visão se estende ainda para a disputa entre o ganhador e aquele que vinha sendo apontado como o favorito, La La Land e sua pegada estilo arrasa-quarteirão.
por Guilherme Carvalhal
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Thoreau, Mariátegui e a experiência americana
>>> Em 1849, Thoreau publicou A Desobediência Civil, provavelmente o seu livro mais conhecido. Era o tempo da Guerra com o México. Thoreau recebe em sua casa a visita de um coletor de impostos. Responde-lhe, então, que não pagará nada. O motivo: não está disposto a custear a guerra com o México, que lhe parece injusta e sem sentido. Como resultado, vai para a prisão. A partir daí, Thoreau inicia a famosa dissertação sobre o valor irredutível do indíviduo e a desobediência justa a um governo que um homem reputa moralmente errado.
por Celso A. Uequed Pitol
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Meu querido aeroporto #sqn
>>> Dez minutos, quinze, meia hora. É... o voo está atrasado. Não apareceu na telinha ainda, mas está. Muita gente no salão. Crianças, bebês, senhoras, casais. Antes sossegados, agora já batucam com os pezinhos. Impacientes. O inglês casado com a brasileira magrinha faz esforço para olhar os peitões da moça à sua frente. Esforço para não ser notado pela esposa. Foi divertido observá-lo. E fiquei pensando em quanta confusão eu poderia instilar. Viagens.
por Ana Elisa Ribeiro
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Essas moças de mil bocas
>>> Suas imagens supersimpáticas por vezes aparecem em uma busca na rede ou em reprises de programas na televisão. Como elas parecem lindas, articuladas; fazem caras e bocas para falar de seu cotidiano reluzente, cada passo, cada balanço de cabelo tem suma importância para essas meninas que vendem e vivem de imagens. Ah, como elas falam, e tudo sobre seu ritual de beleza lançam como superimportante...
por Elisa Andrade Buzzo
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Como uma Resenha de 'Como um Romance'
>>> Espero que você tenha clicado neste texto apenas para fugir a uma tarefa. Que esteja, cá comigo, lendo frase após frase em uma rebelião muda contra a obrigação que te apoquenta. Pois, como o pedagogo Daniel Pennac escreve em Como um Romance - que é o tema deste artigo, você se aperceberá -, "líamos, e lemos, como quem se protege, como uma recusa, como uma oposição". Viemos ambos a estas letras para tomar um pouco de certo ar vital.
por Duanne Ribeiro
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Quem é mesmo massa de manobra?
>>> A música "Admirável gado novo", de Zé Ramalho, é sempre utilizada por defensores de algumas ideologias para criticar pessoas que, segundo eles, vivem metaforicamente uma "vida de gado", seguem a manada sem questionar, são massa de manobra, marcados pelos poderosos que são os donos de suas mentes. O engraçado disso tudo é que a música serve também para esses mesmos críticos que defendem cegamente ideias de um partido...
por Cassionei Niches Petry
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Imprimam - e repensem - suas fotografias
>>> Outro dia, mandaram um link para que eu lesse com carinho. Era um texto dizendo que o "pai da internet", Vint Cerf, recomendava que imprimíssemos nossas fotografias. O problema seria a tal da "obsolescência programada", essa invenção malévola e espertinha que nos transforma em consumidores compulsórios de equipamentos novos em substituição a outros sempre, e rapidamente, desatualizados.
por Ana Elisa Ribeiro
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Julio Daio Borges
Editor
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