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Terça-feira,
4/12/2001
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O Jornalista Imbecil III
Lamentavelmente, as análises feitas no Brasil sobre a televisão baseiam-se em estereotipos. Quando se fala em produções norte-americanas, logo se vem a mente aqueles enlatados horriveis: seriados, minisséries, filmes para TV, etc. Mas muita coisa boa é produzida pelas emissoras de lá. Exemplos?
Ecce Homo - série produzida no Canadá, que poderia ocupar o horário nobre de nossa TV Cultura. Cada programa da série aborda um tema específico: humor, cidades, guerra, mulher, informática, etc. Apesar de apresentar a visão norte-americana a respeito do mundo, essa séria nos convida a fazer uma reflexão sobre o passado, presente e futuro da humanidade. Essa é a qualidade fundamental: a TV deve convidar o espectador a pensar, refletir, questionar o mundo em que vivemos, sem querer definir o que é certo ou errado.
Séries e documentários da PBS - A Public Broadcast Service é a emissora pública dos EUA. A atual direção da TV Cultura, sempre muita criativa, tentou imitar o modelo adotado pela PBS. Acontece que a emissora pública dos EUA teve a sinceridade de assumir o papel de babá eletrônica, mantendo uma programação voltada para crianças de até 10 anos de idade. Coisa típica do pragmatismo norte-americano. Entretanto, durante o "horário nobre", a PBS exibe séries e documentários de excepcional qualidade. Recentemente, a emissora exibiu uma ótima série sobre a história do jazz. Neste mês de dezembro, a PBS está apresentando a produção Shaolin, que conta a história do místico templo chinês e o surgimento do Kung Fu. Já pensou a nossa TV Cultura mostrando a história das artes marciais? Seria um escândalo, um incentivo a violência, cultura inútil...
Fox - esta emissora é considerada o SBT dos EUA, por causa de seus programas populares, tipo "mundo-cão": "Os Vídeos mais Incríveis...", "Os Criminosos mais Procurados...", "Quem quer se casar com um milionário...", etc. Entretanto, a Fox também possuí atrações que merecem elogios. Eu prefiro a crítica social contida nos desenhos animados da Fox do que aqueles enfadonhos debates exibidos na TV Universitária.
NBC - Mais vale uma sitcom da NBC do que aquela psicóloga que está sempre presente nos programas da TV Cultura, falando o que os jovens devem ou não fazer.
CBS/ABC - Pobre coitado do Jô Soares, seu programa não passa de uma imitação dos talk-shows destas duas emissoras.
TV Paga - aí é uma festa. Quase toda grande instituição norte-americana mantêm algum programa de TV no ar. Veja, por exemplo, o velho Tradição Ocidental, atualmente em exibição na TV Câmara. Ou o Mecânica Popular, Invenções, Ciência Popular, National Geografic, Arqueologia, Nova, etc,etc,etc... No Brasil, o pessoal simplesmente preenche um estúdio com uma bancada e três cadeiras. Depois, afirma que está elevando o "nível da TV brasileira".
É verdade que a TV norte-americana também exibe muita porcaria. Porém, o mais importante é que o espectador pode escolher o que quer assistir. Você não gosta de mundo-cão? Então muda de canal. Faça a sua escolha. Essa é a regra adotada nos EUA. No Canadá, a principal emissora, que é estatal, teve que popularizar sua programação para continuar mantendo a audiência, e os anunciantes. TV é entretenimento. Baixou o nível? E daí? Existem outros canais, com ótimas opções, alguns de "elevado nível cultural". Mas a maioria deseja relaxar, aliviar a tensão, rir, se divertir.... É assim que funciona... em todo o mundo...
No passado, o computador só serviam para cálculos, controles, etc. Hoje é um vídeo-game, uma fonte diversão, lazer e entretenimento. Os mais antigos podem torcer o nariz. E daí? Assim também é a televisão, que já surgiu como um meio de entretenimento. Só na Alemanha de Hitler e nos países comunistas a TV foi usada como um meio de elevar o nível cultural da população (Nota: a Alemanha nazista foi o primeiro país a ter a TV como um eletrodoméstico acessível a maioria da população, pois era peça fundamental no processo de controle do cidadão. Hitler era um gênio, e gastou uma fortuna para fazer da TV um meio eficaz de controlar o Zé Povinho. O aparelho era dado de graça, lógico, para que todos fossem devidamente educados. Pena que ninguém gosta de relembrar essa história. Por que será?).
Parece-me que querem implantar no Brasil o velho modelo nazista de Televisão.
Sérgio Vieira
[Sobre "Digestivo nº 58"]
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Sergio Vieira
4/12/2001 à
01h25
200.176.223.108
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Delícias que engordam
Olá Sonia
O perigo não é engordar, muito peo contrário! O perigo é pegar uma intoxicação e definhar no hospital! Exageros à parte, é só saber os lugares confiáveis. O Mangai ainda existe, sim, e é uma delícia mesmo! Adoro o pão de macaxeira deles e a mousse de graviola. Imperdível!
[Sobre "Cultura no espeto"]
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Adriana Baggio
3/12/2001 às
22h44
198.81.9.140
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THC. Again.
Fabio,
Sou terminantemente contra a APOLOGIA ao uso de drogas. Álcool inclusive. E nenhuma frase engraçadinha de roqueiro vai me fazer mudar de idéia. Agora, considerar o uso de drogas um CRIME já é outra coisa muito diferente. Penso que a proibição não evita, nem sequer diminue, e pode até aumentar o "glamour" e a legalização pode acabar com muitos "efeitos colaterais", muitos deles até mais nocivos que o consumo em si.
Abraços,
Ana.
[Sobre "por que as drogas devem ser legalizadas"]
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Ana Veras
3/12/2001 às
17h00
199.228.142.5
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Sabores Reais.
Rafael,
A sua imaginação já está de novo tomando conta de vc. Sugiro que vc pare agora mesmo de ler e escrever e vá lá fora, ver a tarde quente e tomar um sorvete de limão!!! :o))
Abraços,
Ana.
[Sobre "Sujando os dedos de graxa"]
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Ana Veras
3/12/2001 às
16h25
199.228.142.5
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Complô
Ana,
Pode deixar que eu não vou pensar que é complô. As únicas duas pessoas que lêem minhas colunas, com as mesmas opiniões, e-mails do mesmo provedor gratuito... definitivamente isso não é complô. Talvez seja alguém de olho em mim. A minha vingança é que o FBI está filtrando tim-tim por tim-tim o que vocês escrevem com aqueles Carnivore, hahahaha...
[Sobre "Sujando os dedos de graxa"]
por
Rafael Lima
3/12/2001 às
16h07
200.179.78.2
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Eterna Lygia
Julio,
Além do prazer da própria leitura, seus contos são os melhores que já li, descobri com Lygia Fagundes Telles algumas respostas e "ganhei" muitas perguntas. "A Disciplina do Amor" é meu eterno livro de cabeceira. Vivo retornando a ele, como se não pudesse terminá-lo nunca.
Lygia não precisa se preocupar, viverá para sempre...
Beijos,
Ana.
[Sobre "Digestivo nº 59"]
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Ana Veras
3/12/2001 às
14h25
199.228.142.5
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liberdade
Caro José Maria. A meu ver, o ponto fundamental a ser tocado quando se discute drogas é a liberdade. Que direito tem o Estado de meter o bedelho em minha vida privada? De me dizer o que posso ou não fazer em minha própria casa, se contribuo com a sociedade pagando impostos e não prejudico ninguém? Você tem todo o direito de achar maconha uma porcaria. Eu acho pinga uma porcaria, e no entanto é a droga mais consumida em nosso país. Outro dia li na internet a seguinte frase de Truman (o presidente, não o Jim Carrey): "Se nós não fizermos nada para proteger a liberdade de pessoas com que podemos não concordar, estaremos colocando em risco a nossa própria liberdade". Acho que é por aí.
E acredito que você comete um erro ao associar a maconha com certas "manifestações debilóides". Maconha é maconha e manifestação debilóide é manifestação debilóide. Um anda sem o outro, embora possam andar juntos. Proust fumou maconha e ópio e nem por isso deixou de escrever o maior (em todos os sentidos) romance do século XX. Louis Armstrong adorava maconha e tocava trompete como ninguém. Os exemplos são muitos.
Só por curiosidade: quem é Damon Wayans?
[Sobre "por que as drogas devem ser legalizadas"]
por
Fabio Danesi Rossi
3/12/2001 às
14h01
200.162.217.31
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Um prazer quase sexual
Bruno, fantasia é isso. E nada mais fantástico (no sentido exato da palavra) do que um livro ainda não lido. Como escrevi para a Daniela, entrar nima livraria é, para mim e para algumas outras pessoas, como entrar num sex shop, para outras pessoas. A excitação é quase igual. O orgasmo é que é diferente. Sonia Pereira
[Sobre "Amantes púberes"]
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Sonia Pereira
3/12/2001 às
11h20
200.19.93.3
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Sem medo de ser feliz
Adriana, não se reprima! Coma os espetinhos sem medo de ser gorda ou de passar mal. Passei uns poucos dias em João Pessoa há um tempo atrás, a serviço, e adorei a cidade! Aliás, ainda existe o restaurante Mangai? Fechava às segundas. Nada mais nutritivo e saboroso do que uma boa tapioca com queijo de coalho. Não tenha medo, o fogo mata os bichinhos. Aproveite! Sonia Pereira.
[Sobre "Cultura no espeto"]
por
Sonia Pereira
3/12/2001 às
11h14
200.19.93.3
(+) Sonia Pereira no Digestivo...
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Apesar de você, Fábio
Vou abrir uma exceção e comentar a coluna do Fábio, que jurei nunca mais ler. Mas, após tanta asneira, não consegui me segurar. A Universidade Pública tem um papel que nenhuma universidade privada pode ter, que é a pesquisa pura, condição "si ne qua non" do desenvolvimento tecnológico. E tecnologia, hoje, é poder. Por isso nossos professores universitários merecem e precisam de toda a nossa compreensão e apoio. Por isso não há como privatizar a universidade pública. O que se deve fazer é exigir um ensino básico (sei lá como se chama agora o 1o. e 2o grau) de qualidade, de forma a proporcionar iguais oportunidades a todos os cidadãos. Mas, como outro leitor já escreveu com todas as letras, somos um país pobre, que depende do dinheiro alheio. E isso de querer ter desenvolvimento tecnológico é só para quem pode, não para quem quer. Por isso essa pressão enorme para que se acabe com as universidades públicas, pois elas ainda produzem profissionais de altíssimo nível, queiram ou não, e de renome internacional em várias áreas da ciência. E, sr José Maria, essas áreas citadas no final do seu texto não são ciência? O sr sabe o que é ciência?
[Sobre "os universiotários"]
por
Sonia Pereira
3/12/2001 às
10h45
200.19.93.3
(+) Sonia Pereira no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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