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Quarta-feira, 10/1/2001
Vascaíno vota em vascaíno

Julio Daio Borges




Digestivo nº 15 >>> Eurico Miranda é um clássico brasileiro. Empresário inescrupuloso: emitiu ingressos para além da capacidade do estádio São Januário. Cartola interesseiro: baniu os torcedores do São Caetano da final contra o Vasco. Deputado abusado: ordenou a continuação da partida, mesmo depois do desabamento de vascaínos no gramado (passando por cima do juiz, da organização e do governador do estado). Dirigente mão-leve: sagrou sua equipe campeã, promovendo volta olímpica, e surrupiando as taças (de ouro e de prata). Vilão da hora, bola da vez. Agora que todos os podres vêm à tona, fica fácil condená-lo. Acontece que Eurico Miranda foi eleito pelo povo. Acontece que Eurico Miranda foi nomeado presidente pela direção do Vasco. Acontece que Eurico Miranda teve parceiros nas suas negociatas. Acontece que Eurico Miranda teve cúmplices, nos seus atos e palavras. Crucificá-lo, portanto, não vai expiar os pecados (e os pecadores) do nosso futebol.
>>> IstoÉ
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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