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Segunda-feira, 6/2/2006
7 de Janeiro

Julio Daio Borges




Digestivo nº 265 >>> O Miscelânea Vanguardiosa começou com uma pretensão saudável: tocar e comentar (e divulgar?) música instrumental brasileira. Ricardo Sá Reston anunciou o podcast por e-mail e quem recebeu deve ter duvidado um pouco que o autor fosse longe com seu intuito. Hoje, mais de cinco programas depois, pode-se dizer que Ricardo vem realizando tão bem o Miscelânea Vanguardiosa (e cumprindo sua função) que até mereceu – já – algum destaque no cenário de podcasters made in Brazil. Desde a primeira edição, o Miscelânea não escolheu o caminho mais fácil, encarou – de saída – Hermeto Pascoal e seu igualmente ambicioso Calendário do Som (registrado em CD pela Itiberê Orquestra Família, via gravadora Maritaca). Não contente em tocar e entusiasticamente apresentar o álbum duplo, Ricardo fazia apontamentos sobre a instrumentação e levantava diferenças sutis entre versões. Já num dos episódios do meio do Miscelânea Vanguardiosa, Ricardo encarou corajosamente outro tema espinhoso: improvisação. Mas não improvisação jazzística, relativamente “batida” e mais que conhecida: improvisação com “acento” do Brasil. Isso existe?, você pode se perguntar. Pois o Miscelânea mostrou que existe. Ouça lá. E num dos últimos programas, para mostrar que não veio aqui pra brincadeiras, Ricardo Sá Reston, do Miscelânea Vanguardiosa, encarou nada mais nada menos que... Guinga – o herdeiro legítimo de Villa-Lobos e Tom Jobim. Céus!, Onde vamos parar?, você pode pensar. E não é um pensamento exagerado. Não para o Miscelânea Vanguardiosa. O podcast, mais uma vez, confirma que os programadores (e os apresentadores, e os ouvintes) de internet estão deixando seus equivalentes, do rádio, no chinelo, se estes não tomarem cuidado. Ao Miscelânea, e ao Ricardo, sempre as maiores e as melhores ambições.
>>> Miscelânea Vanguardiosa
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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