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Segunda-feira, 19/6/2006
Cinefilia

Julio Daio Borges




Digestivo nº 284 >>> Dentro do jornalismo cultural, uma das editorias mais pródigas em sites e blogs na internet é a de cinema. Como bem define Sérgio Augusto, qualquer um hoje pode ser crítico de filmes. Nas redações das publicações em papel, a “categoria” só perde – em número de candidatos – para os redatores da seção “horóscopo”. É por isso talvez que há, por parte do jornalismo estabelecido, uma certa má vontade com o que se produz na Web em matéria de crítica à sétima arte, sobretudo em blogs. No Brasil, “blog” continua sendo um termo pejorativo para designar a atividade jornalística (ou até literária) considerada amadora. Nesse contexto, é muito positivo que surja uma publicação como a revista Cinética. Pois, além de ser um site, é uma iniciativa de profissionais oriundos da grande imprensa (e do circuito mainstream de crítica) – entre eles, Cléber Eduardo, bastante conhecido por sua participação na revista Época. Fora a homenagem da “mídia grande” à “mídia pequena” (?), há ainda outra: a melhor matéria da edição de estréia da Cinética é uma longa entrevista, em quatro partes, com os dois fundadores da publicação independente Contracampo – que virou referência em termos de crítica cinematográfica e que completou oito anos. Sinal dos tempos: se antes se achava que as publicações da era eletrônica não sobreviveriam ou cairiam no vácuo do esquecimento, está-se provando que essas iniciativas fizeram história – e são parâmetro até mesmo para os seus (antes) maiores detratores: os profissionais ligados ao mainstream media (MSM). Cinética começa com uma ambição saudável, oxalá encontre a ressonância (cinéfila) pretendida.
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>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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