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Quarta-feira, 12/7/2006
Profissional de profissionais

Julio Daio Borges




Digestivo nº 287 >>> Não é só Ruy Castro que, publicamente, sente nostalgia do Rio de Janeiro. Mais ainda sente quem protagonizou as histórias que ele conta – gente como... Millôr Fernandes. Sim, o Millôr! Tão presente na era da internet, tão atento aos acontecimentos, semanalmente, na Veja... Afirmando aos Ronaldos que, se ganhasse o que eles ganham, pintaria – como artista plástico que é – uma Capela Sistina por semana. Ou sentenciando que a ignorância subiu à cabeça de Lula. Um Millôr mais apegado ao passado que o normal – que esse nosso Millôr de cada dia – está em Apresentações, um livro que a Record editou há um tempinho mas que permanece (ao contrário do Millôr da imprensa)... atemporal. Nele, o Guru do Méier sente saudade das conversas (e da convivência) com Paulo Francis. O autor de Waaal aparece numa foto clássica: gesticulando, possivelmente nos anos 70, num banco, com os cabelos compridos brancos, os olhos arregalados nos óculos, a mão espalmada – um gesto típico seu –, argumentando. Clássica é, também, a legenda: “Que mundo constituído?”. Millôr traça um dos mais belos retratos – escritos – de Ariano Suassuna (e da inveja saudável que sente dele). Põe Marília Pêra nas alturas (com razão); é quase familiar com Deborah Bloch; quase paternal, com Chico Caruso; e quase irrestrito, com Jaguar. Amigo, com Danuza; companheiro, com Ivan Lessa; expansivo, com Ziraldo. Tão interessante quanto as personalidades são os momentos que escapam – em quase 70 anos de obra e mais 80 anos de praia (no Rio, claro). A história pessoal (ou as histórias) pode(m) ser também uma História descompromissada. Enquanto isso, acessamos o Millôr Online...
>>> Apresentações - Millôr Fernandes - 290 págs. - Record
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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