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Quarta-feira, 29/11/2006
Ele é carioca

Julio Daio Borges




Digestivo nº 305 >>> Como disse Daniel Piza uma vez no “Caderno Fim de Semana” da Gazeta Mercantil, não deixa de ser um privilégio para a cidade de São Paulo contar, quase todos os anos, com as apresentações de John Pizzarelli. De acordo com o próprio, em nova temporada que passou pelo Bourbon Street, foram nove vindas ao Brasil em dez anos. Um privilégio não só da cidade, ou do País, mas do próprio músico, que ama sinceramente a música daqui, que tem como uma de suas maiores influências João Gilberto e que foi capaz de verter lágrimas por, em anos anteriores, ter dividido o palco com Cesar Camargo Mariano. Além de suas incursões pelos Beatles, e pelo recentíssimo universo de Dear. Mr. Sinatra (seu novo CD), os paulistanos, e os brasileiros, puderam vibrar com suas sensíveis interpretações da bossa nova (outro CD seu), que, nesta turnê, ganhou mais força através de “Só danço samba” (em português mesmo) e até “Águas de Março” (essa em inglês). Entre as novatas no repertório, destaque para “I’ve got you under my skin” (sim, ainda é possível reinterpretá-la), “Witchcraft” (lembrou a versão em duo com Elvis Presley) e “You make me feel so young” (que caiu como uma luva na voz fininha de Pizzarelli). Simpaticíssimo – e “gatíssimo”, segundo o círculo de Donata Meirelles, com um Nizan emagrecido a tiracolo –, John ainda levou seu conjunto, que conta com seu irmão Martin no baixo, até a Sala São Paulo, onde a noite foi de gala, em companhia da Orquestra Jazz Sinfônica. Se houvesse uma prefeitura, entre as últimas, mais suscetível ao apelo das artes, John Pizzarelli já teria levado para casa a chave da cidade ou o título de cidadão honorário ou qualquer coisa que o valha. Privilégios como esses – e só como esses – devem ser perpetuados.
>>> John Pizzarelli
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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