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Segunda-feira, 18/6/2007
Mexilhão

Julio Daio Borges




Digestivo nº 332 >>> O Mexilhão talvez seja a maior prova de que os tradicionais restaurantes de frutos do mar nunca caem de moda na capital. Ainda que tenhamos visto a ascensão e a queda de casas como o Dalmo Bárbaro (que tentou estender, no Itaim, seus domínios, para além do Guarujá), o Mexilhão está desde 1970, com a mesma chef francesa, servindo iguarias como a Casquinha de Siri, que praticamente lançou em São Paulo, Coquilles Saint-Jacques, Moqueca de Camarão, Bacalhau ao Forno e sua Paelha à Mexilhão (para duas pessoas), na mítica rua Treze de Maio, no bairro da Bela Vista. O Mexilhão não parece preocupado com as novas tendências da alta gastronomia, prefere garantir a qualidade – altíssima, como gostam de frisar os proprietários – de seus produtos, buscando peixes e frutos do mar nos lugares certos: lagostas, por exemplo, no Nordeste; pescadas e linguados, no Sul; lulas, no Rio e em Santa Catarina; camarões, desde Cananéia até o Espírito Santo; e o Salmão – por quê não? – no Chile. E em vez de chamar arquitetos renomados para redesenhar o interior e a fachada, o Mexilhão prefere manter os bem-sucedidos motivos náuticos, como quadros de conchas, nós de marinheiro, até o aquário com peixes ornamentais direto da Austrália e um autêntico timão de navio, para recepcionar a clientela, que é especialmente restaurando a cada reforma. E, em meio a tantas especulações sobre processos de conservação (por conta da inauguração do portentoso Porto Rubayat), o Mexilhão garante o frescor e a qualidade do que serve com um frigorífico especialmente projetado para a casa, onde peixes e frutos do mar são limpos e guardados a vácuo. Por essas e por outras, a experiência no Mexilhão é única. E vale cada centavo.
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>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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