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Segunda-feira, 5/11/2007
Schubert: The Collector's Edition

Julio Daio Borges




Digestivo nº 347 >>> As gravadoras não sabem mais o que fazer com o CD. Entre pirateado e obsoleto como suporte, o CD fechou quase todas as lojas de discos - só sobreviveram as megastores, que, no Brasil, vivem de livros e, às vezes, de DVDs. Pior ainda nos Estados Unidos; na Europa, ainda subsiste um certo preciosismo. Lá, a EMI (que também, oficialmente, acabou) está soltando coleções de grandes compositores clássicos, que podem ser encaradas tanto como "grande queima do estoque", como ótima oportunidade, ou mesmo como o canto de cisne da indústria. São boxes de 50 (cinqüenta) CDs cada, dedicados a imortais como Bach, Mozart, Beethoven, entre outros. 50 CDs por 50 euros; cada CD por um euro (ou aproximadamente 2,5 reais, na cotação do início de novembro de 2007). Em vez de coletâneas mal cuidadas, uma reunião de obras-primas, em interpretações consagradas. Na caixa de Schubert, por exemplo, estão: as nove Sinfonias, com regência de Yehudi Menuhin; a abertura Rosamunde; o Octeto, o quinteto A Truta (com Jean-Pierre Rampal à flauta), os Quartetos, os Trios; as Fantasias, as Sonatinas, as Sonatas (com Christoph Eschenbach); os Impromptus, as Klavierstücke, os Moments Musicaux; mais Sonatas (com Christian Zacharias), as Valsas, as Missas; ciclos de canções como o das Gesänge, Lieder com Dietrich Fischer-Dieskau e, claro, Winterreise. Difícil imaginar o que mais alguém pode precisar de Schubert (descontando, logicamente, as ricas variações de interpretação). Mesmo quem havia se rendido ao download de música (pago ou pirata), diante dessa "oferta", tende a voltar atrás. Entre comprar uma canção em MP3 por quase um dólar no iTunes e um CD inteiro por um euro num boxset, com qual o consumidor ou melômano vai ficar?
>>> Schubert: The Collector's Edition
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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