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Sexta-feira, 19/12/2008
A crise nos jornais dos EUA

Julio Daio Borges




Digestivo nº 394 >>> E a crise do subprime chegou aos jornais dos EUA. Foi na semana passada, com o pedido de concordata da Tribune Company, dona de doze diários, entre eles o Los Angeles Times e o Chicago Tribune, dois dos maiores veículos impressos do país. Por trás da empresa, está Sam Zell, dono de uma fortuna pessoal de 5 bilhões, mas igualmente responsável por uma dívida ― contraída pela Tribune Company ― de 12 bilhões de dólares. Os anos de 2006 e 2007 foram de "exuberância irracional" também para a velha mídia, que se envolveu em aquisições de jornais locais, contraindo empréstimos e apostando numa virada que, provavelmente, não vai mais acontecer. (Atenção, Murdoch. Atenção, Organizações Globo ― que se preparam para anunciar a aquisição de um jornalão de São Paulo em 2009...) Neste ano, em meio à nova crise do desemprego, foram cortadas mais de 9 mil vagas de jornalistas nos EUA. Muitos deles não têm mais esperança de conseguir trabalho na indústria e muitos consideram, inclusive, que sua carreira jornalística pode ter chegado ao fim. E o New York Times hipotecou sua sede, para pagar ― adivinhe? ― uma parcela de um empréstimo em 2009... A exemplo do que aconteceu com as montadoras recentemente, já se fala na possibilidade do governo Barack Obama socorrer esses dinossauros à beira da extinção. Até porque David Axelrod, coordenador da campanha do presidente-eleito, teve uma passagem pelo mesmo Chicago Tribune. Mas Axelrod saiu em 1984 e cortou quaisquer laços afetivos. A circulação nas bancas caiu 20% e a receita de anúncios, para toda a indústria, caiu 15% em 2008. Contudo, alguns descerebrados ainda insistem que os jornais têm futuro...
>>> Chronicling the Decline of Newspapers and the Rebirth of Journalism
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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