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Segunda-feira, 15/12/2008
Homem de Ferro, de Jon Favreau

Julio Daio Borges




Digestivo nº 394 >>> Acossado pela pirataria dos DVDs, castigado pela greve dos roteiristas este ano e fustigado pelos cachês que já forçaram demissões (como a de Tom Cruise), o cinemão parecia condenado a adaptações de histórias em quadrinhos, desenhos animados e até videogames. Enquanto isso, as séries de TV iam amadurecendo e conquistando audiências mais adultas. Homem de Ferro poderia, à primeira vista, compor esse quadro ― de decadência do cinema de mainstream ―, se não fosse um dos melhores longas de 2008. "Um filme de super-herói inesperadamente bom" ou "Um filme de super-herói que é bom de formas inesperadas", declarou corretamente A.O. Scott, crítico do New York Times. Se as aventuras em tela grande pareciam condenadas a requentados remakes como Indiana Jones IV, e se o seu contraponto eram "independentes" com "gente como a gente" (Juno e assemelhados), em Homem de Ferro não falta adrenalina, não sobram efeitos especiais e há, ainda, um tempero humano, graças a um Robert Downey Jr. num de seus melhores momentos, a uma Gwyneth Paltrow menos insípida que a norma e a um Jeff Bridges, reabilitado, como vilão. Até meados de 2008, Homem de Ferro era o longa mais bem avaliado do ano, segundo o site Rotten Tomatoes. Mesmo que tenhamos praticamente desistido do cinema de arte, mesmo que a profundidade psicológica não seja o forte dos blockbusters e mesmo que as séries de TV continuem dando um banho, temos de reconhecer um grande produto comercial quando ele surge. Homem de Ferro ganha continuação em 2010 e a Marvel, que financiou todo o investimento, se consolida como uma alternativa aos grandes estúdios.
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Editor
 

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