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Sexta-feira, 3/4/2009
Histórias Extraordinárias, de Edgar Allan Poe

Julio Daio Borges




Digestivo nº 409 >>> Poe, reza o clichê, inventou o gênero terror e as histórias de detetive. E Poe impressionou Baudelaire e, no Brasil, foi traduzido por ninguém menos que Machado de Assis. Mas Poe é muito mais que isso. Poe, em matéria de terror, inventou as múmias que ressuscitam (muito antes do cinema inventar-se a si próprio); os pets que são mortos e revivem (acabando com a graça de todo e qualquer Stephen King); e os loucos que tomam conta do hospício, bem como o "defunto autor" (contemporâneos ou antecessores do nosso Machado?). As histórias de detetive Poe inventou sem querer e, se fosse vivo, teria se arrependido da proliferação do gênero numa subliteratura que ele nunca praticou. Poe impressionou Baudelaire porque viveu como o mesmo - como um poeta -, com direito a doses de loucura no final e deixando sérias dúvidas sobre sua causa mortis. (A última história de terror de Poe?) Embora o entretenimento tenha se apossado de suas criações, o que nos faz pensar que ele possa ter alguma coisa a ver com isso, Poe era um literato e como tal escreveu, felizmente. A prova viva está nesta nova edição, pocket, de Histórias Extraordinárias, selecionadas, traduzidas e apresentadas por José Paulo Paes. Saber da vida de Poe não é fácil como não é, igualmente, fácil lê-lo hoje. Incrível como simples histórias do século XIX podem arrepiar os cabelos de alguém no século XXI - quando o audiovisual banalizou qualquer susto -, mas podem... Poe está à espreita! E nunca morre.
>>> Histórias Extraordinárias
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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