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Quarta-feira, 4/4/2001
You can't just wage a war at your own family

Julio Daio Borges




Digestivo nº 26 >>> Traffic, de Steven Sodenbergh, merece todo o barulho e estardalhaço que se vem fazendo por conta dele. Ainda dentro da safra de Magnólia, Clube da Luta e Beleza Americana, Traffic visa a desconstrução do "american dream", ao virar uma sociedade pelo avesso, e expelir suas vísceras na cara do espectador. Paulo Emílio Salles Gomes costumava dizer que se vai ao cinema atrás de alguma ilusão. No longer. Dentre os méritos de Traffic, está o de, justamente, retratar o universo das drogas sem eufemismos ou atenuantes. O filme vai até as últimas conseqüências da miséria e da baixeza humanas, subvertendo completamente as noções de certo ou errado, bem ou mal. Os cortes, de cena a cena, são planejados de modo a suspender a ação nos momentos mais tensos. Traffic não termina com uma conclusão final, pois, como se assiste durante as quase três horas de projeção, a questão das drogas é muito mais intrincada, complexa e delicada do que se pensa, longe de ser resolvida por meio de medidas arbitrárias, leis simplistas ou declarações de guerra. A solução simplesmente não passa por receituários ou fórmulas científicas.
>>> http://www.trafficthemovie.com/
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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