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Quarta-feira, 2/5/2001
Amores serão sempre amáveis

Julio Daio Borges




Digestivo nº 30 >>> Sandra Werneck acertou a mão novamente em Amores Possíveis, sua produção subseqüente a Pequeno Dicionário Amoroso (1997). Três histórias, três possibilidades, três cenários que correm em paralelo, sempre combinando três personagens principais. Ora como um casal em crise, um sócio e uma namorada de 15 anos atrás; ora como um casal homossexual e um casal hetero (que se separou); ora como um casal freudiano (Édipo e Jocasta), um amigo gay e uma paixão tresloucada. A diretora aposta na inevitabilidade que aproxima (ou reaproxima), um homem e uma mulher predestinados. Fugindo a um final previsível que, obviamente, juntaria a dupla (Carolina Ferraz e Murilo Benício), o filme mostra que amores, embora possíveis, nem sempre são realizáveis. A autora não pretende sugerir uma profunda meditação sobre o tema: faz uso competente do humor e de diálogos escritos com inteligência. As paisagens do Rio, a postura correta dos atores, a trilha sonora e, principalmente, a despretensão fazem de Amores Possíveis uma alternativa respeitável à nefasta inclinação intelectualóide do Cinema Brasileiro.
>>> Amores Possíveis
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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