busca | avançada
46801 visitas/dia
2,4 milhões/mês
Quarta-feira, 19/9/2001
With us or against us

Julio Daio Borges




Digestivo nº 50 >>> Não se pode mais dizer que o inimigo não tem rosto. Ou nacionalidade. Qual a sensação de ser o vilão mais procurado pelo "mundo civilizado" desde a Guerra Fria? Desde o Eixo? Dentro do contexto ocidental, Osama bin Laden e o Afeganistão (em muito menor intensidade, é claro) estão na "lista negra" do que se considera a "humanidade" (como se depois do atentado eles houvessem traído a própria raça e se aliassem aos alienígenas de "ficção científica", que planejam invadir a Terra). Conforme anunciou o presidente Bush (que, approposito, não é lá muito original em seus pronunciamentos): é "o bem contra o mal" ou "good versus evil". (E você, de que lado está? - só faltava perguntar.) Os discursos no Congresso e no Senado andaram inflamados no dia subseqüente aos atentados, mas - afora as investigações (que deram um salto) - pode-se afirmar que os "ânimos bélicos" dos EUA se arrefeceram no terceiro dia de terror. Fala-se em 18 terroristas identificados nas aeronaves (5 em duas delas, e 4 nas duas outras). Calcula-se uma rede de, no mínimo, 50 pessoas envolvidas no planejamento da catástrofe. Por uma coincidência de algarismos, o Exército dos Estados Unidos pretende convocar 50 mil reservistas. A desproporção de recursos mobilizados atravessa a ordem dos milhares e dos bilhões (quando se pensa em dólares). O fato é que os USA estão se armando em escala industrial (a cada novo pronunciamento), de tal forma que, se não houver conflito homem-a-homem, a audiência global vai ficar frustrada (se eles simplesmente resolverem enforcar meia dúzia de orientais detidos que, de qualquer jeito, estariam preparados para morrer ou se suicidar). Mas o que significa, de repente, jogar uma bomba atômica no Afeganistão ou executar Bin Laden com uma injeção letal? Não significa nada: as torres não vão se reerguer e as vítimas fatais não vão ressuscitar. Eis aí uma encruzilhada histórica. Morrendo ou matando, o desastre é - para todo o sempre - irremediável.
>>> http://www.osamabinladen.com/
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

busca | avançada
46801 visitas/dia
2,4 milhões/mês