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Terça-feira, 17/10/2006
Da paciência dos livros
Rafael Rodrigues

"Qual romance começa com as palavras 'Numa noite de primavera de 1890'? Onde li que o rei Salomão usou uma lente de aumento para saber se a rainha de Sabá tinha pernas peludas? Quem escreveu aquele livro singular, Fligh into Darkness, do qual só recordo a descrição de um corredor sem janelas, tomado por pássaros esvoaçantes? Em qual história li a frase 'no despejo de sua biblioteca'? Qual livro tinha uma vela acesa na capa e desenhos a lápis no papel creme? Em algum lugar de minha biblioteca encontram-se as respostas a estas questões - mas esqueci onde.(...)

"Não tenho nenhum sentimento de culpa diante dos livros que não li e talvez jamais lerei; sei que meus livros têm uma paciência ilimitada. Vão esperar por mim até o fim de meus dias."

Alberto Manguel, em A biblioteca à noite (Companhia das Letras, 2006, 304 págs.), dando um alento aos viciados em livros.

Rafael Rodrigues
17/10/2006 à 00h13

 

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