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Sexta-feira, 24/11/2006
É tudo (in)verdade
Julio Daio Borges

Dos apaixonados que conheço, me chamam a atenção os apaixonados pelo futuro. Eles não têm memória. Eles não querem saber de história. Pra eles é aquela coisa: o que será, será. Sem mais delongas. De longe são os que mais se sentem a vontade neste mundo que muda mudo 100 km em meia hora.

Outro dia era janeiro, aindagora eram seis da tarde, há poucos minutos estávamos eu e você, entredentes. Entra e mente pra mim, vai. Mente e me diz que tudo deveria ser como sempre foi. Sim, eu sei que você é do futuro. E você sabe que eu não sou de agora.

No momento tenho gostado de mentir, falar inverdades e impropérios. Impaciente, você. Impertinente, você solicita. Impunemente, você faz o que acha certo e eu duvido. Dessa tua certeza. Disso tudo que você insiste em me pedir, sempre. Pra falar a verdade, nem sei se tenho tanto pra te dar, mas ofereço assim mesmo. Sem mais delongas, porque eu também não tenho história. Sou do jeito que você gosta.

Ana, no seu blog (porque ela acha que escrever é como vomitar: "morro de medo, mas dá um alívio depois...")

Julio Daio Borges
24/11/2006 à 00h54

 

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