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Quinta-feira, 18/1/2007
Cansei de ser atropelado!
Ram Rajagopal

Ser empurrado na fila de entrada de um jogo de futebol ou de um megashow, ainda vá lá. Mas em fila de aeroporto? Fila de banco? Ser atropelado na saída do vagão de metrô? Está ficando cansativo. Não sei se o passar dos anos me deixou menos tolerante, ou se foi uma mudança de hábitos das pessoas mesmo, mas tenho a forte impressão de que estamos habitando uma sociedade menos civilizada... Fiquei chocado uns dias atrás com o atropelamento que sofri na saída do metrô no ponto final.

Peguei o metrô na Califórnia para ao aerporto, e lá, no ponto final, primeiro saem os passageiros de dentro do vagão, enquanto quem quer entrar espera pacientemente. Depois que o trem esvazia, todos entram pacientemente, com esbarrões, mas sem atropelamento. Já na estação da Miguel Lemos, eu e minha namorada fomos literalmente atropelados na saída do vagão. Me senti no Velho Oeste, como uma manada de búfalos vindo na minha direção, com uma diferença: não estava montado num cavalo.

O sistema "eu primeiro" é pior para todos. Uma velhinha que ia sair na mesma estação ficou presa e quase foi esmagada. Outros que entravam arranharam os braços na porta do vagão. E assim por diante. Custa tanto esperar alguns minutos a mais, numa estação com ar condicionado, para que as pessoas saiam? Será que, na vida da maioria das pessoas, este minuto fará alguma diferença? O que se precisa nas grandes cidades do país não é um Bolsa Família, e sim um "Vale Educação em Casa".

Registro o protesto: chega de ser atropelado! Senão vou passar a trazer equipamento de futebol americano quando freqüentar locais com fila.

Post Scriptum
Acreditem, fui empurrado até numa fila de lanchonete no aeroporto de Congonhas!

Ram Rajagopal
18/1/2007 às 11h46

 

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