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Sexta-feira, 26/1/2007
Teatro em 2006
Julio Daio Borges

[Como explica o declínio de público jovem nos teatros?] O teatro aqui é muito ruim e chato. O que um jovem vai fazer no teatro? O repertório daqui é para cidades de estações de águas, para Poços de Caldas. Estamos reduzidos à expressão mínima de nossas possibilidades, apesar da força cultural da cidade. Isso é até criminoso. O investimento para a produção cultural e artística deveria ser muito maior em todos os sentidos e não apenas "broadwayano", que insiste nesta coisa caipira, quase cafajeste. E provinciana, numa cidade como a nossa onde as pessoas gastam seu dinheiro, enfrentam o perigo, para assistir essa coisa evangélica. Como é que um jovem vai se interessar por uma atividade morta? O jovem tem compromisso com a vida. Ele tem que pensar nela todos os minutos. Está formando suas células, seu corpo e sua sexualidade para a vida. E você oferece para ele um produto morto, empacotado? Uma múmia maquiada? Por isso ele não vai ao teatro e faz muito bem. Tem certo tipo de teatro que é perigoso, faz mal.

Amir Haddad, em entrevista ao Bafafa On line, que eu conheci por spam (agora... advinhe de que cidade ele está falando?).

Julio Daio Borges
26/1/2007 à 00h05

 

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