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Segunda-feira, 9/4/2007
Bienal do Livro Bahia
Rafael Rodrigues

Por ser bienal, e por sua última edição ter sido em 2005, eu sabia que este ano haveria uma nova Bienal do Livro Bahia. E esperava ansioso por ela desde o encerramento da edição passada.

A edição de 2005 foi muito boa. Pude finalmente conhecer pessoalmente Marcelino Freire, conheci também sua amiga Adryenne Mirtes e, de quebra, o simpaticíssimo Walcyr Carrasco. Comprei livros demais, reencontrei o meu caramigo e grande poeta-prosador João Filho, conheci outro amigo dessa rede sem fim, o (também poeta) Diego Barreto Ivo, tive a oportunidade de assistir a Luiz Vilela em boa conversa, bem como a Ruy Espinheira Filho, poeta baiano de muita verve e boa prosa.

Achei que quando fosse definida a data da edição de 2007, eu ficaria sabendo bem pouco depois. Coisa que não aconteceu.

Só fiquei sabendo da Bienal do Livro Bahia porque o Julio (infalível editor deste Digestivo), me enviou a edição de março da revista Panorama Editorial. Na última página dela, as datas dos próximos eventos literários nacionais e internacionais.

Sinceramente, fiquei muito irritado com isso. Uma Bienal do Livro na Bahia deveria ser festejada, comentada por todos os veículos de informação, deveria causar burburinho no meio literário baiano - e, por que não, brasileiro. É uma pena ver um evento desse tipo ser tão pouco comentado e tão pouco divulgado. Sei que já existem outdoors em Salvador, onde acontece a Bienal, propagandeando o evento. Não sei, mas aposto que saíram notas sobre a ela na tv, rádio e jornais impressos. Mas tudo foi muito discreto, muito apagado, muito pouco. Tudo foi muito pouco, com o perdão do trocadilho.

Uma Bienal de Livros é uma oportunidade muito boa de o leitor adquirir certos títulos a preços mais acessíveis. É também a oportunidade de ele ter um contato mais próximo com os escritores e saber um pouco mais sobre o ato de escrever. É tão bom andar entre livros e entre gente que gosta de livros! É também uma grande oportunidade para apresentar o mundo da literatura àquele amigo que não gosta tanto assim de ler.

Nesta Bienal, que tem início no dia 13 e vai até o dia 22 deste mês, alguns convidados ilustres darão as caras: Moacyr Scliar, Zuenir Ventura, o português Francisco José Viegas e Amyr Klink são alguns dos nomes mais famosos. Entre os convidados baianos estão João Filho (autor do elogiadíssimo livro de contos Encarniçado, já esgotado e prestes a se tornar cult, o João que me perdoe, mas é porque nem ele tem mais um exemplar), a bela, jovem e talentosa Renata Belmonte, o experiente Aleilton Fonseca, além do já citado Ruy Espinheira Filho.

Por conta do trabalho, este pobre colunista periga não poder ir ao evento. Coitado de mim! Imagino só os livros que devem estar a precinhos ótimos e que não comprarei, a conversa que não terei com o caramigo John Son, o agradecimento pessoal que devo a Renata Belmonte, enfim, perderei muita coisa. Mas espero poder ir, farei o possível para isso. Eu não indo, e você baiano, vá, por favor, e aproveite a Bienal por mim.

Para ir além
Site oficial da Bienal do Livro Bahia

Rafael Rodrigues
9/4/2007 às 16h20

 

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