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Quarta-feira, 25/4/2007
Fale-nos das suas entrevistas
Julio Daio Borges

Fazer entrevistas e perfis é talvez o que mais gosto em jornalismo. Sou fascinada pelos textos do americano Joseph Mitchell, que por muitos anos trabalhou na The New Yorker. Ele passava um longo tempo estudando os personagens que iria perfilar na revista, muitas vezes gente comum, que ele encontrava na rua, nos recantos de uma cidade que conhecia tão bem. Essas histórias pessoais, nas mãos de Mitchell, transformavam-se em emblemas de uma sociedade eclética, em constante formação. Escritores e artistas são gente cujas histórias pessoais e o modo como pensam, interessam a todo mundo. Eles têm um poder de comunicação extraordinário, mesmo quando visivelmente tímidos, como John Ashbery, ou cautelosos, como Alanis Morrissete (que não se deixa ser fotografada, a não ser produzida e controla todas as imagens que saem na mídia). Billy Collins é extremamente afável e foi buscar a mim e ao Ram Devineni na estação de trem próximo à pequena cidade onde vive - Somers, NY - na companhia de seu simpático cão. Paul Auster e Michael Cunningham são generosos com a imprensa e acessíveis e parecem incansáveis, pelo volume de artigos que produzem, aparições públicas, etc. Se levarmos em conta Joseph Mitchell, sim, são gente como a gente.

Uma entrevista da Flávia, que eu encontrei só agora...

Julio Daio Borges
25/4/2007 à 00h06

 

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