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Quarta-feira, 6/6/2007
Penso, logo existo
Tais Laporta

René Descartes era um homem metódico. Acreditava que o corpo humano e a natureza eram máquinas tão perfeitas quanto um relógio. Colocou ciência, razão e religião em seus respectivos lugares. O filósofo Maurício Marsola foi a fundo no seu legado durante o curso Os Pensadores, da Casa do Saber.

Marsola observa que, em Meditações, Descartes alerta que não se pode confiar no mundo sensível. "Os sentidos enganam a mente", escreveu. Prova disso seriam os sonhos, durante os quais acreditamos serem reais. Portanto, a realidade poderia ser uma ilusão (uma espécie de Matrix), que legitimaria a dúvida em relação à própria existência.

Preocupado com a possibilidade de não existir, Descartes passa a duvidar de tudo. Até que conclui: não pode duvidar que duvida. E se duvida, pensa. Assim, o filósofo elege um princípio que acaba com seus tormentos momentâneos. "Cogito, ergo sum" (Penso, logo existo).

Essa afirmação seria o marco inicial do pensamento moderno. A filosofia não mais estaria vinculada à teologia, mas à ciência, soberana da razão. Começa uma nova era, seguida por Hobbes, Rousseau, Nietzsche e tantos outros.

Tais Laporta
6/6/2007 às 15h12

 

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