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Segunda-feira, 27/8/2007
Grotesco e vil
Julio Daio Borges

Agradeço a Deus todos os dias por ter amigos normais. Gente com neuras, barriguinha, chatices, impaciência, lapsos, pequenos egoísmos, ausências, espinhas, birras, opiniões ridículas. Espero jamais ter que conviver com um destes tipos perfeitos que encontramos dando entrevistas nas revistas e na TV. Essa gente certa, equilibrada, que faz dieta, exercício, ioga, cuida do corpo e acredita cuidar de sua mente. Pessoas sem falhas que, na sua humildade calculada, arrogam-se o direito de criar regras para mim, me orientando no meu modo de viver, o que devo comer e como devo pensar. Esta raça robótica de sujeitos equilibrados, certos, seguros, que pensam positivo todo o tempo e ainda querem que eu leia os seus livros, veja os seus filmes e me converta a sua religião sem deidades.

No Universo Tangente, que linca pra nós.

Julio Daio Borges
27/8/2007 à 00h52

 

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