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Quinta-feira, 27/3/2008
Segurando o Tchan
Julio Daio Borges

Não tem nada mais escroto do pior que sair de casa pra caminhar às 8 da manhã — pensando na infinidade de coisas que se têm para fazer ao longo do dia — e sentir aqueles olhares maliciosos... Uma coisa é o olhar sexy, sensual, tarado, bagaceiro, podre, sujo, seja-lá-o-que-for, do cara que você quer, outra bem diferente é um Zé Lelé Mané pensar que é o tigrão do pedaço tal e ficar olhando pra você com cara de fome.

Isso me revolta. Homens (estou generalizando, sim, senhor, sim, senhora) não podem ver mulher de saia ou decote. Não sei qual o problema deles com pernas e seios. A menina pode ter as pernas mais feias do bairro, mas todo mundo dá uma olhada pra conferir. Acho uma falta de respeito, me sinto invadida. Um ex dizia que eu tinha que me sentir lisonjeada. É? Por quê? Pode me explicar?

Devo me sentir lisonjeada por não conseguir caminhar pela manhã sem ouvir um "fiu-fiu", ô gostosa, "nossa que saúde", ô lá em casa, tudo isso é teu? Tudo isso é meu, sim, e eu empresto pra quem eu quiser. Não é qualquer mané que tem o direito de ficar tecendo comentários engraçadinhos. Vocês pensam que é bonito isso? Acham que é excitante? Que eleva a auto-estima? Que faz bem para o ego? Que nos sentimos valorizadas? Sinceramente(...)

Clarissa Corrêa, no seu blog, lincando pra nós.

Julio Daio Borges
27/3/2008 à 00h36

 

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