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Sexta-feira, 27/6/2008
Estrela de brilho eterno
Tatiana Cavalcanti


Sylvinha e o parceiro de décadas

A cantora Sylvinha Araújo, de apenas 57 anos, faleceu, na noite de ontem, 25 de junho. Estou chocada e chateada com uma morte tão prematura e de uma figura tão importante para a música popular nacional, até porque assisti a um show dela e do marido este ano ainda, e ela estava em pleno vigor, jovem e linda. A voz de Sylvinha calou em decorrência de um câncer de mama que enfrentava há doze anos.

A bela esposa de Eduardo Araújo fez história com o marido nos áureos tempos da Jovem Guarda e foi um dos ícones da juventude dos anos 1960. Era imitada e adorada pelas jovens de seu tempo. A mineira, garota prodígio, saiu, aos 13 anos, de um coral de escola, em Mariana, para se tornar estrela em programas de tevê e de rádio. No ano seguinte, já sustentava a família com o que ganhava na TV Excelsior. Aos 15, estava em São Paulo como a nova atração do programa O Bom, juntamente com o colega e futuro esposo Eduardo Araújo.

Em 1969, Silvia Maria Vieira Peixoto se casou com Eduardo Araújo e juntos formaram um dos mais bonitos casais do mundo artístico, numa união duradoura e alimentada com muito amor. Tiveram dois filhos, Eduardo e Mônica (como na música da Legião Urbana), que seguiram os passos dos pais e se tornaram cantores.

Sylvinha se afastou dos palcos após tornar-se mãe, mas eis que em 1978 voltou aos estúdios de gravação, cantando jingles publicitários. Passou, a partir daí, a fazer vocais em discos de terceiros. O talento único, a versatilidade e a jovialidade sempre estiveram presentes na carreira e na voz desta cantora magnífica, que de tanto fazer sorrir, hoje fez chorar.

Em 40 anos de carreira, Sylvinha lançou diversos LP's e compactos, gravou mais de 2.000 jingles para comerciais, participou do movimento Jovem Guarda com muita garra, carisma e expressividade gutural, sempre empregando muita emoção em todos os seus trabalhos, encantando a todos com brilho e emoção tamanha que jamais será esquecida. Viva, Sylvinha Araújo!, estrela de primeira grandeza e de luz eterna!

Tatiana Cavalcanti
27/6/2008 às 17h38

 

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