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Segunda-feira, 27/10/2008
Impresso pra quê?
Julio Daio Borges

Os estudantes entram no curso de jornalismo pensando, principalmente, na produção de matérias e nos jornais que eles mesmos irão fazer; entretanto, a realidade encontrada é bem diferente (pelo menos na UFPB) e esses estudantes logo são desestimulados, tanto pelo sucateamento do curso quanto pelos professores, que não procuram novos métodos para estimular o alunado.

O discente de jornalismo, quando se depara com a realidade do curso, vê que nem tudo é um mar de rosas, aliás, nem ao menos um açude... Enquanto se vê uma distinção clara entre teoria e prática (que não deveria existir), os estudantes são levados apenas a um curso de comunicação (neste contexto, entendendo comunicação como teoria e jornalismo como prática), onde a teoria é ensinada de forma muito eficiente, cuidada com muito zelo pelos professores.

Entretanto, as cadeiras que deviam servir de base para a práxis da profissão estão totalmente ultrapassadas; além de não haver professores para ministrá-las, os alunos não conseguem produzir o tão desejado "jornal" e, quando produzem, ele só sai meses após a escritura dos textos. A maior falta de estímulo, para os alunos, é não ver os seus textos publicados, já que eles escrevem as matérias apenas para os professores guardá-las em uma gaveta empoeirada ou em um velho escaninho(...).

Em meio às facilidades de que tanto se ouve falar no contexto das novas mídias digitais, vê-se essas facilidades pouco aproveitadas pelos docentes. Eles deveriam conhecer um pouco mais sobre mídia — já que se dizem estudiosos dela —, ou pelo menos explorá-la de um modo mais eficiente, o que melhoraria tanto a condição deles, pois teriam um alunado mais interessado, quanto a dos próprios estudantes, que estariam estimulados e, assim, teriam um rendimento melhor...

Allysson Viana, no seu blog, que linca pra nós.

Julio Daio Borges
27/10/2008 à 00h39

 

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