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Sexta-feira, 18/3/2005
Que vestido liiindo, o seu
Julio Daio Borges

Aconteceu com um amigo que evidentemente não pretendo entregar quem é. A gente tava bebendo como fazemos todas as noites. Esse amigo já havia entornado várias. (...) Um outro amigo tava lá com sua garota. E ela tava usando um vestido de verão, bastante confortável, acredito (pra ela). Ela tava à vontade, com as pernas cruzadas e trocando idéia com toda a rapaziada na mesa. Mas esse amigo não tava aguentando. Ele então olhava para as pernas dela e falava malemolente e com o babador vencido: "Que vestido liiindo o seu". E ela fazia de conta que não tava ouvindo e a gente continuava conversando. Mas ele insistia e voltava à carga: "Que vestido liiindo o seu". Ela continuou se fazendo de desentendida. A gente resolveu ficar também na discrição. Mas o nosso amigo insistiu. Pelo menos mais umas cinco vezes. Já tava parecendo um mantra. Depois das cinco vezes já citadas e ainda não percebendo que sua investida não surtia o menor efeito, ele voltou a repetir: "Que vestido liiindo o seu". Ela então sem sequer olhar direto pra ele e completamente blasé, desferiu o golpe fatal. Ela disse quase que casualmente: "Ai, tá bom, qualquer hora dessas eu te empresto".

Mário Bortolotto, o único blogueiro que eu leio.

Julio Daio Borges
18/3/2005 às 09h40

 

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