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Terça-feira, 28/9/2010
Gente boa também erra
Yuri Vieira

Há sempre algum engraçadinho ― um troll ― tentando pegar no nosso pé por algum erro ortográfico ou de mera digitação que cometemos num momento de descuido. E, quando acordamos com a "vó atrás do toco", e alguém mexe com nossos brios numa lista de discussão, ou através dum comentário jurubeba em nosso blog pessoal, dá-lhe nosso olho de águia a ver, logo de cara, os erros do safado que veio nos provocar. Mas gente boa também erra:

"Confesso que escrevo de palpite, como outras pessoas tocam piano de ouvido. De vez em quando um leitor culto se irrita comigo e me manda um recorte de crônica anotado, apontando os erros de Português. Um deles chegou a me passar um telegrama, felicitando-me porque não encontrara, na minha crônica daquele dia, um só erro de Português; acrescentava que eu produzira uma 'página de bom vernáculo, exemplar'. Tive vontade de responder: 'Mera coincidência' ― mas não o fiz para não entristecer o homem."

Rubem Braga, na crônica "Nascer no Cairo, ser fêmea de cupim".

Yuri Vieira
28/9/2010 às 21h54

 

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