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Quinta-feira, 30/9/2010
E-books e novos autores
Yuri Vieira

Quando a gente acha que a coisa agora vai, que tudo ficará lindo e fofo para os autores iniciantes, leio uma notícia como esta no The Wall Street Journal:

"Sempre foi difícil para um autor estreante conseguir publicar seu livro numa grande editora. Mas a revolução digital que está mudando o modelo econômico da indústria editorial tem tido um impacto exagerado na carreira dos escritores."

"Por ter preços menores que os de livros tradicionais, muitas edições digitais rendem menos para as editoras. E as grandes varejistas têm comprado menos títulos. O resultado é que as editoras que acalentaram gerações de escritores americanos passaram a fechar menos acordos com escritores estreantes. A maioria dos que conseguem a publicação tem recebido adiantamentos menores."

"'Os adiantamentos encolheram e não há tanta gente estreando como antes', diz Ira Silverberg, uma conhecida agente literária. 'Estamos todos tentando entender como vai ficar o negócio enquanto ele passa por essa turbulência digital.'"

"Da mesma maneira que a música barata na internet fez com que menos bandas conseguissem ganhar a vida fechando contratos com gravadoras, à medida que o e-book se popularizar, menos escritores conseguirão se sustentar, dizem editores e agentes. 'Em termos de ganhar a vida como escritor, é melhor que você tenha outra fonte de renda', diz Nan Talese, cujo selo Nan A. Talese/Doubleday publica autores como Ian McEwan, Margaret Atwood e John Pipkin."

"Em alguns casos, pequenas editoras estão atendendo à demanda e fechando contratos com escritores promissores. Mas elas oferecem em média US$ 1.000 a US$ 5.000 de adiantamento, em comparação com US$ 50.000 a US$ 100.000 que as grandes editores geralmente pagavam por um livro de estreia."

O artigo é longo e traz muitas informações interessantes. Escritores consagrados, por exemplo, continuam vendendo bem no formato e-book. E, claro, é um momento de transformações, de crises e oportunidades. (Sim, o autor discorre sobre a realidade norte-americana, bem diferente da nossa, mas... tá valendo.) Vamos ver o que rola quando tudo se estabilizar.

Leia a tradução do artigo completo aqui.

Yuri Vieira
30/9/2010 às 21h24

 

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