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Domingo, 27/3/2005
O ano do Brasil na França
Fabio Silvestre Cardoso

"Implico com tudo desse tal ano Brasil-França. A começar pelo título da empreitada, "Brésil, Brésis", e pela teorização que a embasa, a velha mistura de "homem cordial" com tropicalismo. Há também essa eterna folclorização, essas fotos racistas de mulatas em poses lascivas, essa falsa alegria carnavalesca, essa filosofice mistificadora.

"Foi com esse espírito (de porco) que, ciente de minhas obrigações profissionais, dirigi-me ao Grand Palais para acompanhar a inauguração da mostra "Brésil indien - les arts des Amérindiens du Brésil". Rabujice agravada pela certeza de que teria de encontrar com o ministro da Cultura. Nada de específico contra o nosso prolixo ministro. Ele é apenas mais uma autoridade nacional de passagem. Mas é que ele já passou tantas vezes por Paris, e tive escutá-lo tantas vezes, que enjoei dos seus ternos Armani, da sua verborragia fácil, da sua defesa de que tudo-se-liga-a-tudo, a-internet-acompanha-o-arado-e-vice-versa, o-Brasil-é-a-ponta-de-lança-de-uma-nova-civilização-que-se-encontra-no-passado, das suas tranças, do seu cabelo pintado à lá Sarney."

De Mario Sergio Conti, no Nominimo.

Fabio Silvestre Cardoso
27/3/2005 às 14h27

 

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