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Terça-feira, 19/4/2005
Pobrezinha da Jane Fonda
Andréa Trompczynski

Dia desses, conversei com uma dessas garotas que lêem Jane Fonda. Ela me explicou que as mulheres nascem com um defeito: a submissão aos homens. Disse-me que não faz certas coisas na cama, porque são sintomas de atavismos femininos dos quais precisamos nos livrar. Ela é independente financeira, emocional e socialmente e contou-me das maravilhas de não se precisar de um homem para se sentir completa. É uma mulher moderna.

Não li a biografia de Jane Fonda, mas soube, através da entusiasmada garota, que Minha Vida até Agora é um libelo contra os homens. Depois de conhecer a muitos, ela encontrou a felicidade nos vídeos de aeróbica. "Na minha vida, sempre estive tão desesperada para satisfazer os homens que me desapeguei completamente do meu eu autêntico".

(Ela queima seus sutiãs, eu aperto meu espartilho, para que eles pensem ser minha cintura mais fina do que é.)

Ah, se eu pudesse, mostraria algumas coisas para o Eu Autêntico da Sra. Fonda: a beleza daquela curva do músculo do antebraço, que vem do punho até o cotovelo; as mãos macias dos homens que escrevem; uns pelinhos que eles têm na nuca; o sorriso irônico para alguém que eles sabem que você não gosta; a maneira como ajeitam os óculos no nariz com o dedo indicador, distraídos. Aquele olhar quando estamos falando e eles não estão ouvindo, que mistérios serão? E aquele cheiro da pele dos homens.

Nunca fiz ginástica aeróbica, são tantos pulos! Eu, costela de Adão, gosto de ficar ali, dentro do peito deles, tão quentinho e sem solavancos.

Andréa Trompczynski
19/4/2005 às 09h53

 

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