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Sexta-feira, 3/5/2013
Federico Colli
Eugenia Zerbini

Esta semana teve suas alegrias, como o feriado encaixado no meio. Mas a maior, entretanto, ficou para aqueles que, na véspera do 1º de maio, tiveram a sorte de assistir ao concerto do pianista Federico Colli, no Teatro Cultura Artística Itaim. Nome para guardar.Vencedor do concurso internacional de piano de Leeds, no ano passado, esse pianista italiano de 23 anos, além de mostrar sua técnica, demonstrou humor, compreensão da cena pianística contemporânea e clareza de propósitos.

Na conversa pública durante os dez minutos que antecederam o concerto, Federico Colli comentou que qualquer jovem pianista (entre um dos muitos chineses e coreanos atualmente laureados) em sua tourné internacional, após a conquista de um prêmio, optaria por outro tipo de programa. Escolheria peças de impacto imediato na platéia, como o concerto nº 3 de Rachmaninoff (1873-1943) ou o de nº 2, de Prokofiev (1891-1953).

Embora Colli já tenha tocado com orquestras de renome (Orquestra da Arena de Verona, Sinfônicas de Roma e Siciliana), seu desejo atual é dedicar-se, usando suas palavras, al suo giardino. Ou seja, à perfeição das pequenas jóias, como as variações sobre o "Salve tu, Domine", de Mozart (1756-1791) e os improvisos de Schubert (1797-1828), ambas no programa daquela noite, que, como fecho, teve o som impressionista do tríptico "Gaspard de la nuit", de Ravel (1875-1937).

Com uma figura interessante no palco - além da audácia de vestir um fraque branco -, certamente o piano de Federico Colli será ainda muito escutado pelo mundo. E dará o que falar.

Eugenia Zerbini
3/5/2013 às 17h21

 

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