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Segunda-feira, 6/6/2005
A metralhadora giratória
Fabio Silvestre Cardoso

"Você tem de ser inofensivo para estar numa gravadora. E música não é inofensiva. Ela tem de ser reflexiva, causar ódio, amor. Tem de fazer alguma coisa. Por mais entretenimento que seja, e é, ela tem de trazer algum acréscimo (...)"

"A partir dos anos 90 o problema se acentuou com o agro-brega, que coincide com a entrada dos tecnocratas nas gravadoras. São caras que não servem para segurar bandeja de cafezinho na minha firma (...)"

"O artista na grande gravadora vai fenecendo. Há bons artistas que vão fazendo discos cada vez mais aguados, por ingerência desses executivos. Como Gabriel, O Pensador, que é meu amigo. O Gabriel tem uma grande verve e está sendo dilapidado. Ele começou poderoso, cheio de testosterona, e virou uma caricatura de si próprio (...)"

"De um lado, vivemos um revival dos anos 80 que é o cúmulo. E de outro, de uma MPB que sempre foi ruim, católica, ressentida e sem o menor humor. A MPB hoje vende pouquissimo porque é chata (...)"

Lobão, na polêmica entrevista concedida à revista Bravo!, nš93, edição de junho.

Fabio Silvestre Cardoso
6/6/2005 às 14h46

 

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