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Terça-feira, 5/7/2005
Carta à pessoa que eu era
Julio Daio Borges

Oi!

Não se espante, eu queria muito, muito mesmo, falar com você. Eu me preocupava com o que você estaria sentindo, justo agora, nessa época...

E queria lhe dizer: isso passará. Sei, são palavras banais, todos lhe dizem; mas eu posso dizer-lhe, pois eu sei; ninguém melhor do que eu sabe.

Você se aflige e enfrenta um período ruim. Você olha a rua à sua frente e, antes de atravessá-la, pensa em quão pouco importa se a transpor agora, com todos os veículos em movimento; você pensa nisso - eu sei.

Pois olhe: é horrível, mas não é o fim do mundo. Lembra quando aconteceu aquilo quando você era criança? Agradável não foi - porém o mundo não acabou, não é mesmo? Você sobreviveu àquilo, e sobreviverá a muito mais. Não é uma fase difícil como a que está passando que irá destruir você.

Parece otimismo bobo? Não é. Eu sou você, e estou aqui; muitos anos se passaram, e quando me lembro de como você se sentia, e vejo o que sinto hoje, a tranqüilidade ao pensar no passado, posso dizer com um sorriso no rosto: vai passar. Porque (frase simples, comum, né?) tudo passa. Acredite.

Amo você. Isto também: porque você não se amava o bastante - eu sei - e era a razão de sofrer mais. Você merece ser amada, e é: Alguém a ama além do que você julga ser possível (não direi quem é, porque você riria de mim). E eu também a amo; aprendi que mereço, não importa o que me digam, não importa o que tenham dito a você tantas vezes.

Aguarde. Aguarde. Não se desespere; você ainda verá tantas coisas boas!

Com amor, de mim para você.

b.m., no seu blog conceitual, que linca pra nós (porque eu acho que sei quem é...)

Julio Daio Borges
5/7/2005 às 07h30

 

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