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Terça-feira, 8/11/2005
Sobre Parcerias
Julio Daio Borges

Julio: na medida do possível continuo descobrindo assuntos instigantes. E vou digerindo. É o caso do editorial sobre as Parcerias. Inacreditável a possibilidade em parcerias propiciadas pela net. Estou com o terceiro cd quase pronto, e a maioria das músicas são parcerias. Parceiros no Ceará, em Portugal, Espanha. Pelas graças da internet. Sinto muita força nessas parcerias do Digestivo com a Livraria Cultura, com a Biscoito Fino e outras. Vivi momentos inesquecíveis na Livraria Cultura. O simples fato de saber que o Chico Buarque grava novo cd pela Biscoito Fino já é um alento... E é sempre saudável a partilha das delícias que um Hotel Emiliano proporciona, se pelas vias imaginárias abertas no texto, estarei sempre desfrutando desse Oásis. Mas se essas Parcerias existem, elas ocorrem com o Digestivo Cultural. Isso já abre novas e essenciais perspectivas acerca das parcerias com empresas, formas inusitadas para muita gente encarar as relações entre dinheiro e trabalho, em jorros de saúde. Agora, atendo-me ao âmbito da criação artística e seus desdobramentos mais do que necessários, enfoco a Biscoito Fino e lanço a questão: Intérpretes, compositores, músicos em geral, só poderiam conceber que iniciativas como a Biscoito estejam realmente interessadas em arte, quando forem abertas parcerias reais entre a gravadora e os artistas. Para além de quaisquer imediatismos, imagino ser uma prova de mínima integridade, a criação de espaços em que a gravadora se abra, de fato, a propostas, idéias criativas, e que responda substancialmente a elas, dando transparência a todo o fluxo vital que não encontra, por ora, a menor chance de inaugurar Múltiplas Parcerias. Sei que o tema é assaz complexo, porém, inevitável. Essa provocação vale para qualquer área cultural, porém, dada a proximidade da Biscoito Fino com o Digestivo Cultural, e também desta nossa singular vocação para elevar a arte cancionista a patamares inimagináveis em outros países, por mais relevantes sejam os seus expoentes... por esses motivos, Julio, creio ser imprescindível um portal de contato entre criadores e empreendedores musicais na internet. Não haveria, nesse Corrupcionismo chamado Brasil, momento mais oportuno para uma demonstração de ética. Sempre lembrando que em arte, éticas que não passem pela estética são apenas demagogias venenosas, e-mails não respondidos, encontros infinitamente evitados, e por trás, os eternos brucutus de plantão. E viva a Biscoito Fino!!! Com baccios do Mário.

Mário Montaut, em quase manifesto por e-mail.

Julio Daio Borges
8/11/2005 às 09h45

 

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