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Quarta-feira, 18/1/2006
O Senhor Brecht
Marcelo Maroldi

Entra ano, sai ano, e sempre nos deparamos com algum escritor africano. Gonçalo M. Tavares, angolano (vive hoje em Portugal), ainda um jovem de 35 anos, impressiona por ter publicado 14 livros em apenas 3 anos, a partir de 2001. O Senhor Brecht (Casa da Palavra, 2005, 69 páginas) é um destes livros. Ele faz parte de uma série chamada "O Bairro" onde "residem" outros senhores além do Brecht, como o Sr. Valery (que dá nome a seu livro mais premiado) e o Sr. Henri, também merecedor de um livro.

Infelizmente, o livro é muito curto e quando sua leitura começa a se aproximar do fim você vai sentindo aquela sensação de "ah, já está acabando". Como os contos são todos muito breves, em média 1 página, ou meia, ou menos, é possível finalizá-lo em 1 hora, ou próximo a isso. Não é uma leitura pesada, pelo contrário, é possível ler sem sentir aquele peso da literatura mais densa, sem exigir aquela concentração absurda, aquela tensão. Assim, é ideal para ler entre uma tarefa e outra do dia-a-dia, por exemplo, ou quando se pega um livro apenas para relaxar.

Quase todos os contos são bastante agradáveis de ler. Geralmente, são histórias absurdas, irreais, com algum ensinamento ou alguma "lição" a ser aprendida que o Sr. Brecht está contando. Todas as histórias são bastante interessantes. Algumas ocultam algum ditado popular, às vezes parecem um conto de fadas, com um propósito bem definido de transmitir uma mensagem específica, mesmo que através de fatos absurdos. Vale a pena dar uma conferida e ficar de olho no autor e na coleção.

Marcelo Maroldi
18/1/2006 às 10h56

 

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