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Sábado, 31/10/2015
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Um tango com Woody Allen - Filmes

Antes do filme, esperanças antecipam
personagens e aventuras. Apagam-se as luzes,
cortina ainda fechada, Woody Allen me convida:
Primeiro passo, senhora: caminada.

À cumplicidade da ternura, percorremos o mundo.
Em meu aprendizado das imagens benfazejas
minha infância numa cartilha portenha
ala abeja cielo flor pajarito
Santa Fe Esperanza Buenos Aires.
Também lá se fecharam certa vez todos os cinemas.

Antes do filme, eu e Woody Allen voamos dos Pampas
ao infinito. Mas agora é preciso voltar. Media vuelta.
Meia-noite, Woody?
Mas não estamos em Paris.

Antes do filme, dançamos na vitrine da livraria.
Da capa de um livro, velho autor acenou para nós.
Suas mãos não envelheceram, notei.
Paramos a dança. Inquieto, Woody me olha.
─ Recomecemos, senhora, primeiro passo:
caminada.

Meia-noite, Woody?
Mas estamos na América Latina.
Nas ruas da cidade, o dia deseja começar ileso.
Não consegue.

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Postado por Blog da Mirian
31/10/2015 às 11h49

 
No final do telejornal tinha um poeta...

(Texto publicado originalmente em 2012)

Nos primeiros dias das minhas aulas de literatura, trabalho com os alunos a leitura e interpretação de um poema de Carlos Drummond de Andrade, o "Cota Zero", publicado no seu primeiro livro. Lembro a eles a importância desse poeta, o maior da nossa literatura, o que é comprovado pelo espaço que lhe foi dado no Jornal Nacional quando do seu falecimento em 1987. O burocrático programa, bem diferente do que é hoje, não foi encerrado com o famoso "boa noite" de Cid Moreira, mas com uma declamação do poema "José", na voz peculiar do então âncora do telejornal.

A obra do autor dos versos "No meio do caminho tinha uma pedra/tinha uma pedra no meio do caminho" está sendo reeditada pela Companhia das Letras. Vamos nos deter em dois de seus livros de poemas.

A rosa do povo, de 1945, é um livro de temática social bastante acentuada, sem ser, no entanto, panfletário. Escrito durante a Segunda Grande Guerra, expressa as angústias do homem e a posição do poeta frente aos problemas do mundo: "O mundo não acabou, pois que entre as ruínas/outros homens surgem, a face negra de pó e de pólvora". Em "Consideração do poema", que abre o livro, o eu lírico (a voz do texto poético, o equivalente ao narrador na prosa) diz que seu canto quer atingir as pessoas comuns ("Tal uma lâmina,/o povo, meu poema te atravessa"), não os eruditos, como expressado em "Carta a Stalingrado" ("A poesia fugiu dos livros e está agora nos jornais"). O livro aborda um tempo em que os homens se dividiam em ideologias ("Este é tempo de partido/tempo de homens partidos"), numa possível crítica à ditadura de Vargas e ao nazifascismo da época. No entanto, não são apenas as inquietações sociais que são abordadas, mas também, como lembra Francisco Ashcar, há outros temas presentes no livro, assim como em toda a obra de Drummond: a existência e a própria poesia.

Claro enigma, de 1951, deixa de lado as preocupações com a atualidade vistas em A rosa do povo. "O poeta cruza os braços", escreveu Salviano Santiago. Aqui, são as questões existenciais que prevalecem, principalmente as contradições inerentes ao humano, como bem denota o título. Seriam os enigmas da vida tão claros, mas não os percebemos, ou seriam as coisas simples da vida tão claras que se tornam enigmáticas? Aqui, o eu lírico reflete sobre o amor ("Que pode uma criatura senão/entre criaturas, amar?), sobre a culpa ("Não amei bastante o meu semelhante/não catei o verme nem curei a sarna"), sobre a morte ("As paredes/que viram morrer os homens, /... /que viram, reviram, viram/já não veem. Também morrem") e sobre o ser e o tempo ("enquanto o tempo, em suas formas breves /ou longas que sutil interpretavas/se evapora no fundo de teu ser?"). O que parece tão simples na nossa vida são mistérios que o poeta quer desvendar. A poesia, porém, mais pergunta do que responde. O eu lírico somente questiona. Cabe ao leitor a resposta, se a tiver.

Dois livros aparentemente tão contraditórios mostram um poeta insatisfeito, inquieto — não por acaso um ensaio do crítico Antonio Candido sobre o poeta de Itabira chama-se "As Inquietudes da Poesia de Drummond". São, por isso mesmo, um convite para conhecer a obra poética do autor, convite impresso numa das estrofes de "Procura da poesia", com um alerta, no entanto, de que a chave para a interpretação está com quem lê: "Chega mais perto e contempla as palavras./Cada uma/tem mil faces secretas sob a face neutra/ e te pergunta, sem interesse pela resposta,/pobre ou terrível, que lhe deres:/Trouxeste a chave?"

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Postado por Blog de Cassionei Niches Petry
31/10/2015 às 09h18

 
Por um lapso

Não te preocupes
que o canto
se ajusta
ao ritmo
das
águas

E, o
silêncio
se apruma
ao pente
dos ventos

Amacia
teus ouvidos
para
oculta
sinfonia.

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Postado por Metáforas do Zé
31/10/2015 à 00h55

 
As Tias do Marabaixo na Bahia


Cuiabá - A viagem para divulgação do projeto As Tias do Marabaixo junto a entidades culturais que possam vir a contratar a mostra das fotos e dos curtas-metragens se aproxima do final. Saí de Macapá em junho, logo após as comemorações do Dia Estadual do Marabaixo (16 de junho) e devo estar de volta para o Encontro dos Tambores (segunda quinzena de novembro). 

Na viagem, passei inicialmente por Belém, Palmas, Paraíso do Tocantins (onde fiz a primeira mostra do projeto fora do Amapá), dali seguindo para a Bahia, onde planejava ficar 3 semanas e acabei permanecendo 3...meses. A estada prolongada na chamada "Boa Terra", além de muito agradável em termos pessoais, também me ajudou a dar uma nova cara ao projeto. Foi em Salvador que estruturei uma nova atividade cultural, a minha Oficina de Cinema Independente, onde divido com os participantes minha experiência em ter realizado os curtas d'As Tias, falando sobre cinema independente, montagem e finalização, festivais de cinema e mercado exibidor. (Em função disto, esta coluna passa a falar também da circulação da Oficina, e por isto a mudança do nome.)

Chegando a Salvador em 24 de julho, de imediato contatei as Secretarias de Cultura, no âmbito municipal e estadual e obtive os contatos do principal SESC da cidade (o Sesc-Senac Pelourinho), que me informou que receberia projetos culturais apenas a partir de novembro. Da capital, portanto, eu poderia ir a Jequié, cidade próxima a Vitória da Conquista, onde já estava acertada uma exibição dos curtas, e dali seguir viagem para outros estados. A ida a Jequié, porém, teve algumas mudanças de data: seria em 6 de agosto, ficou para o dia 13 e, devido a uma paralisação de funcionários da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), acabou transferida para 11 de setembro. Essa pausa foi muito bem aproveitada, devo dizer: usei-a para estruturar o conteúdo da Oficina de Cinema, e já comecei a oferecer sua realização para diversas instituições culturais e também de ação social da Bahia. Também coloquei a Oficina à disposição da UESB, de modo que a ida a Jequié em setembro não era mais apenas para exibir os curtas, mas também para realizar na cidade a primeira edição da Oficina. Lá, entre os dias 11 e 13 de setembro, exibi os curtas-metragens d'As Tias do Marabaixo pela primeira vez fora da região Norte, e aproveitei para rodar mais um curta com temática negra e feminina: Você é África, Você é Linda, lançado no YouTube em outubro. Meus agradecimentos à direção da UESB e a Selma de Oliveira, que fez a produção local da Oficina e também atuou no meu novo curta. 

De volta a Salvador, optei por ficar mais um mês, a fim de contatar instituições dos dois campos (social e cultural) que pudessem se interessar tanto pelo projeto Tias do Marabaixo quanto pela Oficina de Cinema. Aproveitei também alguns eventos, como o seminário Juventude Negra de Terreiro - Desafios do Mundo do Trabalho, realizado no Centro Cultural da Câmara de Salvador em 25 de setembro, para divulgar as duas iniciativas. 

Quando minha estada se aproximava do final, tive uma agradável surpresa: a Diretoria de Bibliotecas Públicas do Estado da Bahia, um dos órgãos da Secretaria Estadual da Cultura, me convidou para apresentar o projeto na Biblioteca Pública do Estado da Bahia, no bairro dos Barris. Trata-se da mais antiga biblioteca do Brasil, em funcionamento ininterrupto desde 1811. A princípio, os curtas seriam incluídos em uma das sessões regulares de cinema promovidas pela Biblioteca, programada para o dia 14 de outubro. Mas a direção da Dibip optou por fazer um evento especificamente para mostrar na capital baiana as fotos e os curtas d'As Tias do Marabaixo, no dia 13 de outubro, o que muito me honra e mostra o respeito que esta instituição cultural baiana tem pelo projeto que divulga a cultura popular do Amapá. Na foto que abre o post, vemos alunas do Colégio Estadual Senhor do Bonfim, de Salvador, visitando a exposição de fotos, montada no corredor da Biblioteca. No espaço para perguntas, após a exibição dos filmes, os jovens baianos se mostraram curiosos sobre se haveria presença de culto aos orixás do Candomblé nas festas de Marabaixo (ao que respondi que não, o Ciclo do Marabaixo festeja o Divino Espírito Santo e a Santíssima Trindade). 

Não há como descrever a minha satisfação ao ouvir estes adolescentes nordestinos se dizendo encantados com a vitalidade de Tia Zefa. Ou definindo como "divo" o chapéu que Tia Chiquinha costumava usar. Ou ainda cantando, ao sair da sala de projeção, o refrão da música que faz parte do curta que homenageia Tia Biló: É de manhã, é de madrugada... 

Nesta reta final da viagem, com tempo menor de permanência nas etapas seguintes (Goiânia e Cuiabá, onde me encontro), estou priorizando os contatos com as instituições culturais,

mas ainda devem acontecer apresentações do projeto em Rondônia (a confirmar) e Roraima nas próximas semanas. Informarei assim que puder!


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Postado por Cinema Independente na Estrada
30/10/2015 às 20h52

 
O Futuro e a Reforma do Paraíso

A conversa seguia muito animada quando o Futuro levantou-se com ar solene e pediu atenção. Queria dizer algo que achava de grande importância. Todos assentiram ao pedido e foram se acomodando nas enormes almofadas e sofás de veludo e seda, ou encostando às colunas do refinado salão das delicias.
-Tenho pensado num assunto que nos diz respeito.Assim começou seu discurso lançando forte olhar em direção a cada um.
Por toda a eternidade praticamos a mesma forma de triagem e distribuição dos nossos feitos. Muitas vezes mudamos um ou outro caso, fazemos uma ou outra surpresa. Mas o resultado é a reciclagem. A mesmice está me cansando.
Vocês não acham que é hora de pedir audiência à Palavra e sugerir um novo regulamento de acesso ao Paraíso? Quem sabe, aproveitar para fazer uma reforma, pintura, sei lá.
O pronunciamento pegou todo mundo de surpresa. Imagine só, mudar as regras e, ainda por cima, reformar o Paraíso. Para que? O que isso significava? A coisa estava funcionando tão bem desde antes dos tempos.
-Que conversa mais estranha essa do Futuro, pensou o Ódio, cercado das irmãs Ira e Raiva, e do irmão mais moço, Rancor. As primas Perversidade, Crueldade e Brutalidade não esconderam o espanto.
A Sorte, o Infortúnio, a Fatalidade e o Acaso interromperam mais uma das acaloradas discussões sobre quem era quem, e qual merecia mais crédito em suas intervenções e olharam para o Futuro, como se nada tivessem percebido. Quase pediram que repetisse, mas não foi necessário.
Ninguém ousou questionar a proposta do Futuro. Estavam acostumados às suas novidades estapafúrdias e esta não seria a razão para maiores discussões. A reunião estava tão cordial e equilibrada que não valeria a pena começar um bate-boca. A votação foi proposta pela Calma. Sua característica conciliadora necessitava da legitimação daquela idéia, evitando que a mesma caísse no vazio. Tudo aprovado voltaram às suas conversas, comidinhas e libações.
Sentindo-se satisfeito e prestigiado como sempre, o Futuro desapareceu em suas próprias vestes, rodopiando e sibilando até que o Passado espargiu bruma sobre o local onde se encontrava.
Todos sabiam que iria correndo, redigir a petição rogatória à Palavra. Era só esperar para ver no que ia dar essa coisa de renovar as regras para ingresso no Paraíso.
Em sua enorme casa lá no infinito absurdo, a Palavra pensava e não chegava a nenhuma conclusão para a proposiçao do Futuro.Não encontrava nenhum nome que pudesse, sozinho, arcar com responsabilidade de tal magnitude, alguém que fosse capaz o suficiente para ser o arquiteto de um projeto, cujo objetivo era romper com a rotina sedimentada no fundo do tanque dos juízos.
Depois de muito pensar, murmurar, caminhar em círculos, trovejar e relampejar, a Palavra decidiu atender a petição e convocar uma grande assembléia.
Pensou de novo e definiu seus jardins, lagos e fontes, por serem completamente neutros, como lugares ideais para o evento, evitando melindres e ressentimentos, já que em outras oportunidades, os participantes manifestaram preferência para fazer reuniões no inferno, nas montanhas azuis do céu ou nas barrancas dos penitentes.
Em seguida estabeleceu o roteiro:
A ideia e argumentação do Futuro seriam descritas próximo ao lago da Serenidade. Depois, todos seguiriam para as primeiras discussões às margens do caudaloso rio das Emoções. Em seguida, apresentariam as conclusões nos jardins das Delicias e, finalmente, o veredicto no Salão da Criação. A finalização de um encontro deste porte com um tema desta envergadura seria um fantástico banquete, com espetacular queima de fogos, raios e trovões, nos terraços da Eternidade.
As proclamas para o grande acontecimento ficaram a cargo dos Arcanjos e seus comandados.Os anjos, potestades, tronações, serafins e querubins fizeram uma revoada magistral em todos os cantos da luz.
Para a turma da treva, as criaturas horríveis, aladas, caminhantes, claudicantes e rastejantes completaram a convocação.
A cobertura foi total sobre todos os reinos.Terra, Ar, Fogo e Água receberam cartazes, faixas, folhetos, folders, broad siders, filipetas e outdoors. Todo o material foi colocado em todas as esquinas, becos, cafundós, furnas, nuvens, caramanchões e alamedas. Nenhuma dimensão ficou de fora.
Uma campanha de peso, para que o resultado do encontro fosse absolutamente indiscutível.
A velocidade do querer da Palavra determinou o nada como tempo suficiente para que todos fossem, devidamente avisados, convocados e confirmados.
No prazo indicado, cada qual foi chegando com seu séqüito, suas hierarquias, seus agentes, criados e acólitos.
O Ódio, a Raiva, a Ira e o Rancor combinaram juntar as comitivas e assim impressionar mais fortemente. Suas carruagens aladas, tiradas pelas enormes bestas de fogo e horror, vinham precedidas por legiões de ôgros e carrascos vestidos de negro e fumo. O ruído ensurdecedor que produziam com seus brados e urros, ribombava por toda parte.Em seguida a Inveja, a Ganância, o Remorso, a Vergonha, a Mentira e Falsidade chegaram, exibindo suas vestimentas luzidias, sorrindo e distribuindo afagos a todos, enquanto alguns dos seus criados tentavam tirar alguma vantagem, entregando brindes com uma das mãos, e recolhendo o que pudessem, com a outra.
Após breve momento a turma liderada pela Bondade chegou ao portal do grande jardim.
Menos ruidosos ou exibidos, o Bem, o Amor, a Piedade, a Complacência, a Caridade, a Misericórdia, o Carinho, e a Gentileza, antecederam a turma da Pobreza, Mediocridade, e Abandono.
A Luxúria, o Despautério, a Desfaçatez, a Depravação, a Sedução a Loucura e o Medo, com as comitivas compactas e uniformes foram se espalhando entre os que já se haviam instalado, com seus sorrisos, piscar d'olhos, gestos, e extravagâncias.
A expectativa era grande. A Palavra nunca aparecia, pois se o fizesse, devastaria tudo tal a sua energia, brilho, esplendor e força. Apenas trovejava, relampejava à distância, ou iluminava tudo com a luz de sóis magistrais e multicoloridos.
Os grupinhos foram se formando, as turmas se misturando conforme as hierarquias, sorvendo néctar e comendo ambrósia. Quando menos se esperava, um tilintar sutil, forte e cristalino chamou a atenção para uma enorme caixa com a tampa semi-aberta, bem no meio do gramado que envolvia e contornava o Lago da Serenidade.
Todos voltaram a atenção para a estranha aparição. Um murmúrio foi ouvido tal qual o rolar dos trovões longinquamente detonados, e, num crescente transformou-se num alarido desordenado, um brado coletivo de horror e medo.
O Futuro aproximou-se da aparição, rodopiou em toda a sua volta e, acalmando-se, enquanto todos com as vozes já suspensas aguardavam alguma explicação, falou:
- Acho que a Palavra já deu a sua opinião. Para que possamos começar a modificar a situação do presente, é preciso que entremos todos nesta caixa, e esperemos que o Dom Divino do Deuses volte a nos libertar.
Ninguém disse mais nada. Estava entendido que Pandora aguardava apenas a volta de todos.
Então o Futuro voltou a falar, declarando sua absoluta falta de vontade de mudar qualquer coisa, rodopiando e indo embora.
Para que reformas?
A reunião acabou, todos voltaram para suas posições e desígnios e o Universo nem soube de nada.


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Postado por Contubérnio Ideocrático, o Blog de Raul Almeida
30/10/2015 às 10h58

 
Sentidos

O que
arde
dentro
conquista
espaço
afora

O que
arde
fora,
ganha
espaço
a dentro

...........

Eco
flor
de
um
grito

Espuma
ondas
em
flor.

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Postado por Metáforas do Zé
30/10/2015 às 06h27

 
Justiça Social

Já faz algum tempo que estamos acompanhando, com certo desalento, as notícias com denúncias a respeito da corrupção reinante em nosso país. São desvios de verbas, enriquecimentos ilícitos, disputa pelo poder etc. Até sobre "impeachment" já se fala, atingindo a pessoa do próprio Presidente da República, que deveria ser preservada. A certeza da impunidade em nossa terra leva muita gente a acreditar que nunca terão que comparecer diante da justiça para prestação de contas.

O Brasil em que vivemos hoje se depara com muitos problemas sociais, os meninos de rua, violência, "os sem terra", fome, miséria, violência, fraudes e assim por diante. O que podemos fazer? De quem é a culpa? Que critérios observar em nossas escolhas políticas: Simpatia pessoal? Simpatia ideológica? Justiça? A nossa preocupação ao votar deve ser a de colocar no poder um governo justo, capaz de criar uma estrutura de poder que não esteja baseada em conchavos e tramas.

De que forma devemos avaliar os governos e a classe política? Devemos avalia-los segundo os critérios de integridade pessoal e vida limpa. A nossa luta por Justiça Social deve ser vigorosa. Um político decente não pode esperar suborno. Onde está a estabilidade de uma nação, não é na Justiça Social? Um governo íntegro deve respeitar os valores morais que, através dos séculos, têm mantido a sociedade de pé e coesa. A ausência de perspectivas futuras, as dificuldades materiais, a descrença nos valores que alimentam a nossa existência, a ineficácia dos projetos humanos e muitos outros fatores geram desespero crescente e fazem com que os jovens não vislumbrem possibilidades no porvir.

Todos nós necessitamos de disciplina, todos nós precisamos nos reger por padrões sérios e por valores elevados. Deve haver também disciplina para a nação. Um país sem orientação é um país sem ordem. O poder em mãos insensatas é um perigo.

Mente-se a propósito de tudo e até sem propósito. Mente-se falando e deixando de falar. A mentira, sob qualquer de suas múltiplas roupagens, merece toda a repulsa. Vivemos num mundo onde o mal influência o ser humano e as consequências dessa má influência podem ser sentida nos relacionamentos, na sociedade em geral. A moralidade procede do íntimo do homem, um coração corrompido cria e inventa mil modos de ser desonesto.

Abandonamos muito a nossa responsabilidade e esperamos que outros a cumpram. Observar a situação de maneira pacífica, sem nos fazermos presentes de maneira enérgica e corajosa é um desafio com o qual nos deparamos. A Justiça Social é um desafio para todos nós. Avante povo brasileiro, eu creio que para todos esses problemas existe solução, e ela está em Deus.

"Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor."

Lemos na Bíblia Sagrada, no livro de Jeremias, capítulo 17, versículos 9 e 10: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os rins; e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações".

A justiça do homem é falha, mas a de Deus é perfeita, justa e completa. E foi para nos lembrar disto que esses versículos bíblicos foram trazidos à memória.

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Postado por Blog de Dinah dos Santos Monteiro
29/10/2015 às 23h49

 
A Última Noite

A escuridão e o frio eram palpáveis na cela. A esteira de arbustos e palhas parecia possuir espinhos naquela noite. Os cobertores velhos e rasgados deixavam passar o frio que feria como agulhas.

Os demais prisioneiros dormiam: alguns roncavam, outros se mexiam muito, mas todos dormiam. Menos ele.

Os pensamentos iam e voltavam numa velocidade frenética, absorvendo todo seu oxigênio, todo seu vigor. Pensava nos companheiros que, apesar das torturas, não delatara. Poderiam continuar com a revolução que se prenunciava em vários locais do país. A revolução para a qual colocara à disposição todo seu acervo intelectual e seu pendor literário. Tinha noção do valor dos seus escritos e do impacto que causara no meio intelectual, mas, agora, nada mais era que um revolucionário preso.

Pensava na mãe, agora sem alguém para ajudá-la. Ela lutara com todas as forças para sustentá-lo, mesmo carregando como sobre peso um marido bêbado - como era comum - que trocava de emprego como quem troca de roupa.

O padre estivera com ele na tarde anterior. Fizera sua confissão com toda fé. Poderia esperar algo melhor em uma vida posterior? Ou não haveria posterior? Haveria alma, espírito? Somente a vida do corpo? Deus não pregaria uma peça desse tipo, de humor negro a toda humanidade! Apesar das indagações, sua fé continuava inabalável.

Costumava comparar a revolução com a revolução de Cristo: voltada para os mais infortunados, para os famintos, para os sem esperança, para os bêbados, como seu pai, que não encontrava sentido na vida, para os que trabalhavam mais de doze horas por dia sem perspectiva alguma de vida melhor. De uma maneira ou de outra, os revolucionários eram como Cristo, pregavam e lutavam por uma vida melhor: terrena, mas melhor.

O padre iria acompanhá-lo, pela manhã, quando se dirigisse ao local da execução. Procurava desviar o pensamento desse momento, mas ele voltava com uma persistência dolorida. Precisava estar no controle de suas emoções e não demonstrar medo. Precisava ser homem, digno, forte, sem hesitação, até no momento final; mostrar que o fervor revolucionário era superior ao medo da morte, do "posterior". O que pensariam seus amigos se fraquejasse? E o restante da população, se visse num líder revolucionário, um covarde?

O sol, coberto por densas nuvens, mostrou um pouco do seu brilho, mas o frio continuava intenso. Repassou, um tanto rapidamente, os detalhes de sua vida: infância sofrida, juventude arredia e voltada para os livros e, na fase adulta, membro ativo da revolução que pretendia depor o Czar e desfraldar a bandeira de um governo proletário.

O carcereiro chegou trazendo um pouco de alimentação quente. Comeu sem gosto. Vestiu-se. O frio aumentou com a roupa simples designada para a execução. Dois soldados postaram-se ao seu lado. Conduziram-no pela prisão e, na porta de saída, estava o Padre. Fez o Sinal da Cruz e o Padre acompanhou-o rezando.

Oito soldados estavam a postos com seus fuzis. O oficial encarregado da execução indagou se havia algum pedido especial a ser expresso pelo preso. Nenhum. O Padre deu-lhe a extrema unção. Vendaram-lhe os olhos. Amarraram-no a um poste. Ele rezava e pedia forças a Deus. Não fraquejou.

O oficial iniciou as ordens finais. A partir daquele momento Dostoievski não conseguia pensar em nada; um turbilhão passava pela sua mente em total desordem: medo, frio, escuro, era um animal acossado pela morte iminente. Atenção! Apontar! Fogo!

Dostoievski não sentiu, fisicamente, as perfurações das balas, mas psicologicamente estava morto. Por quê não sentia dor? A morte seria assim, tão fácil? O quê passaria a ver, a sentir, a encontrar? As indagações continuavam e nenhuma tinha resposta. Ele começou a observar que não sentia dores quando ouviu a ordem para desvendá-lo e desamarrá-lo. Estava perplexo. Todos os fuzis estavam com defeito? O quê acontecera?

A explicação veio de imediato. O oficial informou-o de que, instantes antes da execução, o Czar comutara sua pena de morte em desterro e trabalhos forçados na Sibéria, mas que a encenação deveria prosseguir até ao fim. Dostoievski viu a morte em vida e esta nova oportunidade foi aproveitada para uma produção extremamente profícua de obras que descem ao fundo mais fundo da alma humana.

Texto publicado, também, no Clube Eslavo.

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Postado por Blog de Expedito Aníbal de Castro
29/10/2015 às 18h12

 
Impacto no escuro

(Resenha originalmente publicada em janeiro de 2010.)

A escolha do ponto de vista é muito importante para o desenvolvimento de qualquer narrativa, seja um filme ou uma história em quadrinhos, por exemplo. Nas narrativas literárias muito mais ainda, pois pode revelar ou esconder fatos, instigando o leitor e, principalmente, prendendo-o até a última página. Em Dom Casmurro, um dos mais importantes romances da literatura brasileira, Machado de Assis opta pelo narrador em 1ª pessoa, pois quem conta a história é Bentinho, o protagonista. Devido a isso, ficamos sabendo dos fatos só pelo ponto de vista dele e, consequentemente, não sabemos se Capitu realmente o traiu ou não com seu amigo Escobar, apesar de ele afirmar isso o tempo todo, inclusive achando seu filho idêntico ao outro. Não poderia estar imaginando coisas? É o conhecido "enigma de Capitu", que até hoje provoca debates nos meios literários.

Altair Martins escreveu A parede no escuro (Record, 253 páginas) para tentar entender os mecanismos do narrador, servindo até como base para sua dissertação de mestrado na UFRGS sobre o tema. Para tanto, utiliza vários pontos de vista ao contar a história de Adorno, padeiro que mora em uma cidade próxima de Porto Alegre, que é atropelado em uma manhã chuvosa. O acidente é só o ponto de encontro entre as vidas que vão se cruzar. Logo vem à mente do leitor com mais bagagem literária romances como Caminhos cruzados, de Érico Veríssimo. Mas a história do consagrado escritor é toda em 3ª pessoa, focando diferentes personagens e se espraiando em capítulos longos. O mais próximo do romance de Altair seria Enquanto agonizo, de Willian Faulkner, em que cada capítulo é narrado por uma personagem diferente. No romance de estreia de Altair Martins, os personagens contam os fatos na 1ª pessoa, porém as mudanças de narrativa ocorrem na mesma página de forma abrupta, requerendo um leitor atento às vozes de cada personagem, cada uma com características peculiares, tiques de falas ou repetições de determinadas expressões, relatando uma mesma cena em perspectivas diferentes.

Além da fatalidade ocorrida com o padeiro, outras questões humanas são abordadas na história. Sentimos as angústias religiosas de sua mulher, Onilda, sempre invocando a Jesus Cristo. A tentativa da filha, Maria do Céu, de se acostumar a viver fora de casa e encarar sua escolha sexual. Outros personagens acabam se cruzando, mas o mais importante é Emanuel, um típico professor de Ensino Médio em uma escola particular, vivendo os problemas da profissão, as relações conflituosas com seus alunos e os pais deles. Acompanhamos sua angústia por um ato grave que cometeu. Ele, que era tão preocupado pela ordem das coisas (tinha mania de arrumar tudo que estava fora de lugar), acaba tendo que se deparar com a culpa dostoievskiana pelo ato ilícito.

Não é um romance que facilita a leitura. Aliás, Altair Martins nunca quis ser um escritor fácil, como já demonstravam seus livros de contos Como se moesse ferro e Se choverem pássaros. Não fossem essas reflexões existenciais dos personagens, o romance se perderia no emaranhado das técnicas narrativas propostas pelo autor, pois a boa literatura não é apenas o trabalho elaborado da palavra, mas também uma reflexão sobre os dramas humanos. A sensação ao terminar a leitura? Parece que fui atropelado ou dei de cara em uma parede no escuro.

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Postado por Blog de Cassionei Niches Petry
29/10/2015 às 14h55

 
Moto-contínuo

- O que sou eu
diante de toda
essa fome?

Um faminto
sonhador

-És a onda
que se
precipita
em sorriso
efervescente

Espuma
incandescente
cobrindo
de alvas
rendas,
pedras
pontiagudas
das
encostas.

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Postado por Metáforas do Zé
29/10/2015 às 08h17

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