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Sábado, 1/4/2017
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Sete fôlegos (série: Sonetos)

Atravessando porta sem ferrolho
e muros baixos – entrar era fácil (quase
definitivo). E a cerca viva, convidando
os pássaros ao miolo do pão.

Perdido no quintal, agigantava-se
o abismo. Crescia o medo, fechando
moitas e atalhos. Crescia o intervalo
das coisas não havidas.

Olhando pelas janelas, um eclipse
ensombrecia a casa. E com o escudo
da pele todo cuidado era pouco.

Antevendo os lapsos da morte,
do lado de fora fiz esta cama de gato.
Que me sopra sete fôlegos.

(Do livro O camaleão no jardim. São Paulo: Quaisquer, 2005)

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Postado por Blog da Mirian
1/4/2017 às 08h44

 
Religião

Não
queira
ver
o
mundo
errado
para
se
achar
o
certo

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Postado por Metáforas do Zé
1/4/2017 às 07h27

 
Caleidoscópio de vertigens

Ho
je

A
pe
nas

O
j
e
Ri
zas

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Postado por Metáforas do Zé
31/3/2017 às 16h56

 
Identidades

de
igual

para
igual...

total
mente

indife
rente

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Postado por Metáforas do Zé
31/3/2017 às 10h23

 
Clepsidras

Ó, Musa
Ciência,

Vinde-me
A mim

E hei
De
Esquadrinhar

A fisiologia
Das águas

Ajustando
O tic-tac
Das almas

Com as
Luvas
do
Coração

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Postado por Metáforas do Zé
31/3/2017 às 07h16

 
Primavera

Nas
árvores,
as flores

Na palavra,
a poesia

Por osmose
a estação
se
alastra

Galhos e
mãos
vibram
em
alforria

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Postado por Metáforas do Zé
30/3/2017 às 22h53

 
Intransferível

Nenhuma
surpresa

Nenhum espanto

Nenhum regalo

O ser
não
barganha

Não lhe
dá nada
em troca

pois,
o ser,
já é

Respire
fundo,
então,

meu caro

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Postado por Metáforas do Zé
29/3/2017 às 09h49

 
Germecontínuo

Mantenhas
Virgem
Teu
Desejo

É o que
Torna
Elétrico
E tênue
Teus
Passos

Assim
Como,
Uma
Bolha
De
Sabão

Teu
Tempo
Se
Pigmenta
De
Pólens
Fecundos

Leve,

Inversa-
mente
Ao
Chumbo

- A
Suavidade
De
Uma
Ilusão -

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Postado por Metáforas do Zé
29/3/2017 às 08h23

 
Billie Holiday, Strange Fruit e 100 anos do Jazz



Há alguns anos, em uma sala de aula, mostrei um vídeo de Jazz para uma turma - era Nina Simone interpretando Love me or leave me - buscando demonstrar (como venho fazendo neste espaço) como nem tudo que a cultura industrial moderna produz é destituído de qualidade. Não sei se surtiu efeito. Lembro que causou certo espanto. Nostalgia. Pareceu ser até melancólico também. Mas foi, lembro-me, acima de tudo, Estranho.

É estranho, porque parece não fazer mais parte desse mundo. Quando, em 1917, os brancos da Original Dixieland Jazz Band, “donos de uma cara de pau invejável” (Vinícius Mesquita, Jazz - um livro pequeno e perspicaz) resolveram se auto intitular os inventores do Jazz, talvez não imaginassem que se tornaria o estilo musical mais importante do século passado.

Sim, há um tom proposital em dizer “do século passado”. Não para repetir a conversa de que o “Jazz morreu”, mas, principalmente, para marcar a circunstância de uma de suas maiores expressões históricas, a música Strange Fruit, gravada e interpretada por Billie Holiday, em 1939. Quem nos conta essa história em detalhes é David Margolick em seu fabuloso livro Strange Fruit: Billie Holiday e a biografia de uma canção (Strange Fruit: Billie Holiday, Café Society and early cry for civil rights).

A música surgiu de um poema de Abel Meeropol sobre os linchamentos de negros que ocorriam nos Estados Unidos após a Guerra Civil. A inspiração teria vindo de uma fotografia de uma dessas atrocidades ocorrida em 1930, em Marion, Indiana. Uma terrível e conhecida imagem na qual dois negros, após serem bestialmente agredidos, estão pendurados em uma árvore, enforcados. Uma imagem que, como se sabe, nada tinha de incomum, principalmente no Sul Norte-Americano, no qual, em alguns casos, os corpos, ao final da barbárie, eram ainda queimados. Esse é o tema de Strange Fruit.

Foi no Café Society, em Nova York, que Meeropol apresentou a música à Holiday. E foi lá, em um lugar mais progressista e mais aberto, famoso por receber celebridades e “esquerdistas variados”, que Lady Day marcou a história da canção e do lugar. Quando ela gravou a música, pela Commodore Records, houve espanto, afinal Billie era conhecida por cantar músicas com letras “bobas”, como os livros que lia, e a letra que gravara era ironicamente pulsante, com um tema que ainda pairava nas cabeças estadunidenses.



Mas espanto também pela beleza. Após a introdução de Sonny White, diz a bela descrição de Margolick, vinha a voz de Miss Holiday, “ela é sombria e determinada, mas conserva ainda uma adorável leveza. Não é melodramática; nada chorosa; nada histriônica. Sua elocução é soberba, com um vago sotaque sulista; o tom é langoroso porém firme, cru mas macio, jovem mas maduro. O sentimento predominante não é a dor ou a derrota, mas o desprezo e a segurança, perceptíveis quando ela cospe as referências à galanteria sulista e às magnólias de perfume adocicado”. E, como muitos observaram, em sentimento cuspido quando ela canta, em um final propositalmente abrupto, a palavra “crop” (colheita).

Não há nada parecido. Nenhuma versão se aproxima do que Billie fez (considero a de Nina Simone outra versão estupenda). Há um vídeo de Holiday, de 1959, em Londres. Vejam. Ali, Billie, em seu derradeiro momento, encarna a música e a música a define. Ali está, não importa se em sua fase de decadência ou não, “a experiência de ouvir e ver Billie Holiday cantando Strange Fruit: os olhos fechados, a cabeça jogada para trás, a gardênia de sempre atrás da orelha, o batom rubi realçando a pele escura, os dedos estalando de leve, as mãos segurando o microfone como se fosse uma xícara de chá”.

Ao escutar essa canção, já se disse, vemos a história passar, a dor do ocorrido e a vida de Billie. A personagem que carrega consigo todos os estereótipos, verdadeiros ou não, do centenário estilo musical. E que, por isso, incontestavelmente, mais o representa. Quando Holiday canta sobre os corpos pendurados, essa estranha fruta que se via no galante Sul, não estamos mais, evidentemente, apenas no território da gratuita fruição musical, estamos no território do sublime. Algo que não se encerra nele mesmo, algo que não se pode descrever com exatidão, mas, principalmente, algo que não se pode ignorar, virando-se o rosto para a história, para o inabordável.

Não é apenas mais uma experiência gratificante, é, principalmente, uma experiência que nos mostra como não apenas não existem mais músicas e interpretações assim - e isso seria só um saudosismo ineficaz -, mas o quanto somos hoje, assustadoramente, galantes do que escutamos e vemos.

Beleza. Espanto. Estranhamento. É estranho, porque parece não fazer mais parte desse mundo.


Relivaldo Pinho é autor de, entre outros livros, Antropologia e filosofia: experiência e estética na literatura e no cinema da Amazônia. ed.ufpa, 2015 .


Uma versão deste texto foi publicada em O Liberal, 28 de março de 2017, p. 2.

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Postado por Relivaldo Pinho
29/3/2017 à 01h13

 
O vôo e a queda

Vertigem
do
bem

desintegrar-se
por

vontade
própria

Vertigem
do
mal

desintegrar-se
por

forças
alheias

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Postado por Metáforas do Zé
28/3/2017 às 08h01

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