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Quarta-feira,
21/6/2017
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A QUÍMICA NA TERAPIA PSICOLÓGICA – SIM OU NÃO?
* Geraldo Generoso –
N
ão obstante os recursos químicos sejam – pode-se dizer – imprescindíveis em grande número de casos, é óbvio que eles não esgotam as possibilidades, nem se pode atribuir a tais expedientes o condão de fazer milagres.
Não padece nenhuma dúvida sobre o fato de que pessoas que gozam de perfeita ou mesmo média sanidade mental e emocional, não estão sujeitas ou inclusas na lista dos possíveis suicidas.
É, pois, uma pista interessante, balizadora de procedimentos, e uma bússola – ainda que falível – de inegável ajuda aos profissionais envolvidos na prevenção de atos extremos na busca da morte voluntária. Não se sabe até onde a química revela sua importância, como não é possível também afirmar que ela não seja imprescindível em casos realmente patológicos. Tivemos a era do Vallium, à base de benzodiazepina, com seus vários rótulos. Depois um nome ocupou o arsenal terapêutico, o Hoypinol, também atendendo a demanda de pessoas com distúrbios diversos. Veio, após, o Prozac, uma verdadeira panacéia, igualmente disputado pelos usuários, e eleito por grande número de profissionais psiquiatras.
Isto caracteriza uma evolução, ainda que lenta, se levadas em conta outras áreas da medicina na disseminação de fármacos modernos. Hoje, dada a generalização de problemas de ordem psicológica, nota-se uma maior velocidade da ciência em produzir meios para conter a grande angústia do Terceiro Milênio, que vem como um resíduo do Século XX;
De todo o exposto, fica evidenciado que o homem, como ser dual – psicossomático, carne e psique, requer uma observância de práticas saudáveis, o que em grande parte se resolve com psicoterapias das mais diversas.
Inobstante, quando a causa é física, requer a intervenção de meios que restabeleçam a harmonia nesse equilíbrio entre um e outro aspecto de sua vida.
Em certos hospitais, em casos de pessoas com tendências suicidas, em décadas anteriores ministrava-se o eletro-choque como recurso, a par com medicamentos injetáveis até mesmo por via endovenosa.
Hoje, como sucedâneo do temido eletro-choque, há aparelhos com a mesma finalidade, sem causar o horror que o antigo equipamento apresentava.
Em contrapartida à onda avassaladora de insultos psíquicos, com gravames de um milênio onde ainda não se atingiu a utopia da igualdade, liberdade e fraternidade, há luzes de variegadas cores ao final do túnel, com mentes poderosas, a aplicar conhecimentos, processos e produtos para aqueles que precisam de tais recursos.
Num momento em que a sociedade passa a reger-se, precipuamente pelo mercado, é preciso que grupos atuem e se organizem para que cada vez maior número de pessoas possam desfrutar das maravilhosas conquistas deste Novo Século.
Tudo é válido – química, psicoterapias, psicanálise e, aí inclusa, a espiritualidade de que cada um de nós originalmente foi feito, e que, não podendo ignorar o lado espiritual – ainda que até o momento com sua maior parte desconhecida, precisa prevalecer na existência de todos os homens ,mulheres, jovens e crianças. Não é por acaso a estreita relação semântica entre a palavra sanidade e santidade.
* Geraldo Generoso é escritor e jornalista – em especial p. Digestivo Cultural.
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Postado por Blog de Geraldo Generoso
21/6/2017 às 16h01
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Fuga em Si
Música é desenlace
Serpentina que se desalinha
Movimento que se fundamenta
Bexiga que se definha
Nó que se desata
Cadência que se advinha
Semente que se rompe
Germe que se germina
Numa nota
a célula mater
Que num compasso
se rumina
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Postado por Metáforas do Zé
21/6/2017 às 13h11
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Frutos
Um poema de devires
é uma
copa cheia de haveres
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Postado por Metáforas do Zé
21/6/2017 às 07h31
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Traço
As curvas intensificam as retas
E, as retas tornam as cuvas eletrizantes
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Postado por Metáforas do Zé
20/6/2017 às 22h43
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Criaturas
Licença poética e licenciosidade onírica
farinha do mesmo saco ou frutos da mesma raíz
O quente pode ser frio
O frio pode ser quente
O quadrado redondo
O círculo um hexágono
As reticências um ponto final
E um ponto final meras reticências
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Postado por Metáforas do Zé
20/6/2017 às 09h07
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Homo ludens
Trocando-se em laivos - figurinhas - com a vida
Assim como, pétala a pétala
Qual um jogo de buraco em que se arranca pena por pena de um morto redivivo em busca do deslumbramento de uma real canastra
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Postado por Metáforas do Zé
19/6/2017 às 21h19
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9º Festival Internacional do Documentário Musical
Começou na última quinta-feira, 15, e vai até o próximo domingo, mais uma festa da imagem e do som: O Festival Internacional do Documentário Musical que aporta mais uma vez em algumas salas de cinema da capital paulista.
O In-Edit, como o evento é conhecido, chega à sua 9 edição com um verdadeiro desfile de registros de ritmos, cenas musicais e formatos para nenhum cinéfilo ou amante da música desgostar ou nem comparecer.
Neste ano serão exibidos 60 filmes pulverizados em vinte salas da cidade como CineSesc, Centro Cultural São Paulo, Olido, MIS, Cinemateca e Matilha Cultural, sem contar as 17 salas do circuito Spcine. Outro motivo relevante para não deixar de ir é que serão exibidos muitos filmes que simplesmente não entrarão em cartaz no circuito comercial brasileiro, isto é, oportunidade única.
Os homenageados deste ano são o Punk e Tropicália, movimentos musicais sobretudo que comemoram quarenta e cinquenta anos respectivamente. A Mostra 40 Anos de Punk reúne 11 títulos nacionais e estrangeiros que vão desde “Garotos do Subúrbio”, o primeiro filme de Fernando Meirelles (1983), “Botinada!”, de Gastão Moreira (2006), a “Rude Boy”, de Jack Hazan e David Mingay (1980,) “Rough Cut and Ready Dubbed”, de Hasan Shah e Dom Shaw (1982); sem contar o show, exclusivo para o festival, da banda Restos de Nada, pioneira do gênero que se reúne após muitos anos.
Já a Mostra Meio Século de Tropicalismo reúne o imperdível clássico “Os Doces Bárbaros”, de Jom Tob Azulay, - com apresentação ao ar livre na Cinemateca -; “Tropicália”, de Marcelo Machado, e “Rogério Duarte - O Tropikaoslista”, de José Walter Lima assim como debates sobre o tema.
Parte do Panorama brasileiro, que faz um balanço do produzido recentemente do documentário musical do país, em curtas e longas, a aguardada Competição Nacional, selecionou 5 títulos inéditos. “O Piano que Conversa” , do diretor Marcelo Machado, nos leva a uma viagem ao mundo e sons por meio do “piano” de Benjamin Taubkin, “Perdido em Júpiter” , dirigido por Deo, é um filme sobre a figura de Júpiter Maçã, realizado através de pesquisas realizadas no Youtube; “Serguei, o Último Psicodélico” , de Ching Lee, Zahy Tata Pur’gte, reúne entrevistas de pessoas revelando histórias sobre um dos maiores ícones do rock nacional; “Sotaque Elétrico” , de Caio Jobim e Pablo Francischelli, fazem um panorama da guitarra elétrica no Brasil e como a identidade brasileira neste instrumento – que é difusa como a identidade nacional – se constrói. Completam a Competição “Eu, Meu Pai e Os Cariocas - 70 anos de música no Brasil” , de Lúcia Veríssimo, em que a diretora – e também atriz - conta a história de parte da música brasileira por meio do grupo de seu pai, Severino Filho, do grupo Os Cariocas.
O júri deste ano é formado por profissionais do cinema e da música como: Marcelo Costa, do Scream & Yell, editor e responsável pelo maior site de música independente do país; Roberta Martinelli, apresentadora de TV e rádio, criadora e curadora do Cultura Livre; Helena Ignez atriz e diretora, começou a carreira com Glauber Rocha e atuou em quase todos os filmes de Rogério Sganzerla e Duda Leite, cineasta e curador do Music Video Festival. O vencedor deste ano será o representante do Brasil na edição espanhola do In-Edit, em outubro, na cidade de Barcelona.
O blog trará indicações, resenhas e críticas dos filmes ao longo da semana, além dos horários em que os filmes indicados serão exibidos. Caso não queira esperar – rs - acesse a programação no site: http://br.in-edit.org/.
Bons filmes!
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Postado por Sobre as Artes, por Mauro Henrique
19/6/2017 às 12h55
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Flúmen do dia
Vertendo sussurros de calma, o líquido
repercute a voz da carranca de pedra.
Colar d’água, desliza o vazadouro
a circundar o umbigo da terra.
Lado a lado, corredeira e tempo.
Carregam palavras não ditas.
Recordam idos e havidos.
Livres, água e tempo descem à terra.
Entre córregos e limos, caminham.
Livres, rocha e queda sobem às nuvens.
Sobre o ilusório, evaporam-se.
Resta um tempo inexistente.
Corre um tempo enclausurado
de enlouquecedora trégua.
Surge um tempo que não passa.
Pudera eu parar o flúmen do dia.
Pudera eu alimentar o redil
do meu coração em chamas.
(Do livro Vazadouro, São Paulo: Escrituras)
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Postado por Blog da Mirian
17/6/2017 às 09h11
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FHC embola o meio de campo
Como se não bastasse a hesitação do próprio PSDB, que se reúne desde o pós-Joesley, para decidir se sai ou não do governo (e acaba sempre ficando), agora FHC resolveu dar sua contribuição para o samba do tucanato doido
Primeiro disse que eleição direta, neste momento, era "golpe", mas, agora, apareceu para declarar que o presidente deveria "ter a grandeza" de "antecipar as eleições de 2018" para este ano
Primeiro disse que era preciso "cautela" antes de sair acusando o presidente, por causa daquela gravação do Joesley, mas, agora, diz que vivemos uma "anomia" e que falta "legitimidade"
Primeiro disse que o governo tinha de atravessar um "pinguela", mas, agora, disse que é melhor atravessar o rio "a nado" e "devolver a soberania ao povo"
Se você leu e releu a nota que FHC - para ver se era isso mesmo -, e ficou sem entender direito alguns trechos, não se preocupe: *ninguém* entendeu. Nem o PSDB
Em outras palavras: se o PSDB tinha em FHC um guia ou "farol", o partido acaba de perdê-lo - e os caciques, pós-FHC, tendem a se disputar pelo controle do espólio
Se o PSDB já soava esquizofrênico permanecendo no governo pós-TSE - mas recorrendo ao Supremo contra a decisão do mesmo TSE -, FHC conseguiu soar, mais que esquizofrênico, alucinado e alucinante
Se o PSDB havia passado relativamente incólume ao turbilhão da Lava Jato, agora vai sendo tragado, no mesmo redemoinho que engole PT e PMDB - e não só pelos desvios éticos, que começam a aparecer, mas porque sua bússola quebrou...
Silêncio, FHC
Para ir além
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Postado por Julio Daio Bløg
16/6/2017 às 11h18
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Emprego público protege quem não precisa?
Há diversos erros na argumentação do
artigo publicado hoje no Pasqüim.
1 - É verdade que o setor público remunera melhor que o privado trabalhadores com pouca escolaridade. Porém os trabalhadores muito qualificados, como professores universitários, recebem no serviço público menos do que no mercado de trabalho competitivo.
O quadro geral é mais complexo que isso: o judiciário oferece remunerações excessivas para alguns; e há muitos diplomados fazendo trabalhos de pouca sofisticação, recebendo mais do que o serviço vale. Isso reforça que a análise do artigo é enganosamente simplista.
2 - A estabilidade em alguns casos tem justificativas necessárias. Os exemplos mais claros são juízes - a estabilidade é indispensável para a autonomia nas decisões; e cientistas em áreas extremamente especializadas - ninguém vai investir numa carreira na qual não há mercado líquido de empregos sem garantia de estabilidade.
Tenho a impressão de que são justamente os casos em que ela é mais necessária que geram mais alvoroço entre os opositores da estabilidade. Isso enfraquece mortalmente o argumento racional que o artigo busca apresentar.
É fácil para um pesquisador numa área de interesse de massa não compreender a necessidade da estabilidade. Um pesquisador em econometria ou em engenharia da computação pode facilmente passar de um emprego universitário para outro, ou para um trabalho não acadêmico. Um especialista em história medieval, ou em geometria diferencial, precisa da estabilidade para embarcar num programa de pesquisa com duração de décadas. Um economista deveria ser capaz de compreender isso.....
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Postado por O Blog do Pait
16/6/2017 às 10h03
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Julio Daio Borges
Editor
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