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Quinta-feira,
16/11/2017
A música da corrida
Isaac Rincaweski
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Nos últimos tempos, meu iPod não estava mais dando no couro. A bateria já não aguentava mais uma corrida completa. Como eu não podia parar a corrida para recarregar a bateria, comecei a correr sem música mesmo. Até bem pouco tempo atrás, isso era impensável, pois a música era o meu ar, a minha energia.
Mas, aos poucos, eu comecei a perceber que não era a música que me fornecia a energia. Não era a música que levava o precioso oxigênio aos meus pulmões. E, nesse silêncio que se seguiu, comecei a notar que a “música” não estava somente no iPod, mas estava também dentro de mim. A música que passei a ouvir quando eu perdi o meu iPod era a música do meu próprio corpo e do ambiente ao meu redor.
Percebi que meu coração também cantava, algumas vezes, com um ritmo mais rápido, quando eu acelerava um pouco a passada; em outras, com uma música mais suave, quando eu apenas trotava. Também comecei a ouvir a música da cidade. Como nos treinos noturnos, quando pego o movimento pesado das pessoas voltando do trabalho para as suas casas, ouvindo os toques da buzina dos amigos que passam de carro por mim, me incentivando a continuar correndo.
A sincronia das minhas passadas também produz um som agradável aos meus ouvidos. Agora, nada é mais prazeroso aos meus sentidos quanto o som de uma manhã de domingo. O som da cidade acordando. Antes que me chamem de louco, aviso que não sou madrugador. Meu único treino matinal é no domingo, mas somente após uma boa noite de sono e um tranquilo e saboroso café da manhã.
Mesmo assim, o som da manhã de domingo é infinitamente mais agradável do que o som das noites da semana. É claro que o reduzido número de carros na rua contribui bastante para um clima mais clean, mas eu me refiro a alguma coisa parecida com uma volta à infância. Quando esperávamos ansiosamente que o domingo chegasse para podermos brincar com os amigos.
O domingo de manhã com som e cheiro de comida diferente, pois era nos domingos que tinha batata frita e sobremesa. Tudo bem, confesso que, hoje em dia, eu dispenso esses dois itens por uma boa cervejinha. Já faz um mês que meu novo iPod chegou, mas agora eu já não estou mais com tanta pressa em voltar a usá-lo.
Postado por Isaac Rincaweski
Em
16/11/2017 às 13h41
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