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Terça-feira, 22/5/2018
Raio-X do imperialismo
Celso A. Uequed Pitol
+ de 8400 Acessos

Ao terminar a leitura de "A política externa norte-americana e seus teóricos", de Perry Anderson, não pude deixar de lembrar de uma frase pichada em vermelho nas paredes do velho Viaduto Otávio Rocha, que se destaca em meio às outras pichações ali presentes. A frase pichada é “O imperialismo é um tigre de papel”. A lembrança veio justamente porque, logo em seguida, imaginei o que Perry Anderson diria diante dela. Algo me diz que sorriria ironicamente, como bom britânico.

“A política externa norte-americana e seus teóricos” é composto por artigos originalmente publicados na revista New Left Review e é dividido em duas partes, “Império” e “Conselho”. No primeiro deles, Anderson nos oferece um panorama da evolução do poder imperial norte-americano. Inicia enfocando as fundações sobre as quais se assentou o Império Americano nas suas fundações geográficas, econômicas e, como ele as denomina, subjetivas: a idéia de privilégio divino e a república democrática. Estas fundações estão presentes em todos os atores analisados por Anderson nesta obra, isto é, estrategistas, acadêmicos, líderes políticos e assim por diante, sejam eles “de esquerda” ou “de direita”.

Bem postas estas fundações, Anderson passa então a fazer uma análise da estratégia americana de expansão imperial. O foco de Anderson é a elite dirigente americana, seus principais atores, pensadores e estrategistas. E o tom pode decepcionar a muitos: raros são os momentos em que ele cede ao impulso de apontar o dedo e denunciar os “crimes do imperialismo”.

A seguir segue "Conselho", onde Anderson passa às leituras dos pensadores que vêm embasando as mais recentes ações do governo norte-americano. Anderson concentra-se nos últimos 15 anos. Esta parte tem momentos brilhantes. Anderson empresta o seu olhar de excelente leitor às obras de autores como XXXX. Muitos deles são exatos antípodas ideológicos de Anderson. Independente disso, ele os aborda de maneira profunda e rica. Merece, nesse sentido, menção à análise da obra de Robert Kagan, teórico neoconservador, do qual o marxista Anderson não pode estar mais distante. Por fim, no apêndice, dedica-se a uma leitura extremamente aprofundada de Francis Fukuyama, autor de “O Fim da História”, um dos livros-símbolo do período entre o fim do comunismo e o 11 de setembro

Talvez seja esta a mensagem central de "A política externa americana e seus teóricos": a de que o imperialismo é forte, firme, poderoso, assentado em bases muito sólidas e resistentes e não dá mostras de que vai se enfraquecer. Ao contrário, é crente em si mesmo e na justeza de tudo o que faz. O tigre não é de papel: é bem real. E ruge. E, se provocado, pode morder.


Celso A. Uequed Pitol
Canoas, 22/5/2018

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