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Quarta-feira,
23/9/2015
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Nova Gramática do Poder
>>> Nova Gramática Finlandesa, de Diego Marani, tradução de Eduardo Brandão, Companhia das Letras: o título desenxabido desafia qualquer beabá de marketing. Parece livro didático. Fala, sim, da complexa linguagem finlandesa, mas não é um livro-texto. É um romance. Modesto, menos de 180 páginas, capa de cores tímidas, tudo essencial e discreto. Mas terminada a leitura, ele fica com a gente, para ser absorvido aos poucos.
por Marilia Mota Silva
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Marcelo Mirisola: entrevista
>>> Marcelo Mirisola é um dos mais criativos escritores brasileiros da atualidade. Suas obras têm uma acidez e uma violência únicas. Sem pudor, desfaz qualquer lugar comum que possa nos dar a sensação de terra firme. Tira nosso tapete fazendo-nos conviver com personagens mergulhados numa existência dura, carente, erótica, crítica, atrapalhada e que destilam, sem o mínimo pudor, o mais amargo veneno contra nossas ilusões baratas.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Sejamos multiplicadores
>>> Sim, invisto na formação de multiplicadores. Não só na minha oficina, onde isso é de fato mais visível - eu, enquanto cineasta, compartilho com os inscritos minha experiência na área, o que vai ter como efeito multiplicar o número de pessoas que a partir dali irão se dedicar ao cinema, seja como hobby, seja profissionalmente. E você? Já parou para pensar como pode ser um multiplicador em sua área de atuação?
por Fabio Gomes
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Regras de civilidade (ou de civilização)
>>> Se a pessoa quer voltar para a taba, não discuta com ela - deixe ela voltar, o quanto antes. Civilização é avanço. E quem não quer avançar, não deveria ficar na civilização. Se a pessoa não quer viver "conectada", com eletricidade e rede de esgoto, é problema dela. Agora, não atrapalhe o trabalho de quem está tentando evoluir - ou, pelo menos, tentando elevar a discussão a um novo patamar.
por Julio Daio Borges
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Nem tudo é pessoal
>>> A situação de alguém me servindo nunca foi confortável para mim. Até manicure e massagista me deixam um pouco sem graça, ainda mais se atenderem a domicílio. Já me explicaram que, para eles, é financeiramente melhor, mesmo assim na hora do atendimento sinto-me entre confusa e constrangida: devo ficar amiga ou dar gorjeta? Aliás, fujo de toda situação em que no fim deve-se informalmente dar (ou não dar) gorjeta.
por Marta Barcellos
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Desbloqueie seu cartão, aumente seu pênis
>>> Houve um tempo em que, quando meu telefone tocava, eu tinha esperanças de que pudesse ser um conhecido querendo falar comigo. Hoje, a campainha soa e tenho logo uma certeza: escutarei uma voz estranha, com sotaque diferente (ao menos há esta surpresa) querendo me vender algo. Já tentaram me vender muita coisa. Toda semana a central de atendimento de um banco diferente me liga. É uma homenagem tocante, fico feliz pelo reconhecimento.
por Luís Fernando Amâncio
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Leitura, curadoria e imbecilização
>>> Muito boas coisas estão por aí, mas soterradas e silenciadas. Boas coisas estão na superfície, sem dúvida, mas há muito lixo também. Não saberemos de boas coisas se elas não nos forem apresentadas. O que chega fácil, geralmente, abafa um universo de outras possibilidades. A pior faixa do disco é a que toca no rádio, entende? Não adianta comprar o disco da novela. É preciso ter a curiosidade de comprar o CD da banda. E essa curiosidade está em falta.
por Ana Elisa Ribeiro
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Nos brancos corredores de Mercúrio
>>> Com uma grande bolsa e sandálias, vejo-me no alto, por trás de uma grossa parede de vidro diante do mundo exterior. Triste avenida de asfalto e de ferros contorcidos, de edifícios em riste. Uma chuvarada de pedestres executa seus passos ensaiados na melhor pose para a mais célebre faixa da cidade. E em que instabilidade se encontra esta cidade temperamental, que não se cansa de soerguer pesados labirintos de concreto e vidro, para nosso enlouquecimento e divertimentos dos deuses.
por Elisa Andrade Buzzo
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Do inconveniente de ter escrito
>>> Gosto da expressão ensaio, em que pese ela denominar geralmente textos mais longos. Isso tudo a partir de Montaigne. Acredito, porém, que o que escrevo são tentativas de entender algo, treinos para chegar ao conhecimento, logo, são ensaios, mesmo que, em geral, meus textos não ultrapassem duas laudas. São parte da minha obra literária esse diálogo com outros livros.
por Cassionei Niches Petry
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Um estranho chamado Joe Strummer
>>> A quem, então, o Clash deve a aura mítica? A um competente manager? À necessidade de a mídia encontrar um sentido maior numa brincadeira de garotos? A uma soma de mal entendidos, que, segundo Rilke, caracterizava a fama? Nada disso: primeiro e antes de tudo, a um corpo estranho não só na banda como em todo o movimento punk e, poder-se-ia dizer, ao rock'nroll como um todo. Este corpo estranho chamava-se Joe Strummer.
por Celso A. Uequed Pitol
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Escola, literatura e sociedade: esquizofrenia
>>> O meu poema apanhou muito. E eu também. E as alegações juntas compõem um quadro fascinante: porque é um poema contemporâneo; porque é um poema que usa palavras comuns; porque a autora está viva, portanto não é um clássico, não foi legitimada nem elevada ao cânone. E o que não está no cânone não deve chegar à escola. E o que fazia esse poema sórdido, dessa autora qualquer, nessa escola? De onde essas professoras tiraram isso, meu Deus!
por Ana Elisa Ribeiro
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A margem negra
>>> Margem Negra é o título de um velho sonho nosso: um volume que republica todas as nossas histórias de terror, feitas no final dos anos 1980 e início dos 1990. O projeto foi colocado para financiamento coletivo e pode ser acessado no site Catarse. Se conseguirmos financiamento, talvez eu ouça mais algo que sempre me agradou: leitores dizendo que passaram noites sem dormir por minha causa...
por Gian Danton
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Mais uma crise no jornalismo brasileiro
>>> O que vai acontecer com as publicações? E com os jornalistas? O que vai acontecer com a audiência (vai sobrar alguma)? Alguém voltará a *pagar* por informação? (Se sim, por qual *tipo* de informação?) Quais as consequências disso para o (bom) jornalismo? A informação de qualidade vai "morrer"? (Se não, por quê?) Adianta remar contra a maré? Conselhos para quem quer começar. Conselhos para quem quer *sobreviver*.
por Julio Daio Borges
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Meio Sol Amarelo
>>> A literatura africana é bastante distante de nós brasileiros. O livro Meio Sol Amarelo, da nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, é exemplar muito claro de como determinadas barreiras culturais tem sido derrubadas e que um livro de uma autora negra e africana pode sim se tornar mundial e altamente representativo para seu país, levando sua história e sua cultura ao mundo inteiro.
por Guilherme Carvalhal
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A Delicadeza dos Hipopótamos, de Daniel Lopes
>>> "Caminhei muitas noites por esta trilha de pedras até chegar à aldeia de minha infância". Não é Kafka quem escreveu esta frase, mas poderia ter sido. Na verdade, esse é o início do romance A delicadeza dos Hipopótamos, de Daniel Lopes, publicado pela Editora Terracota, de São Paulo, em 2014. Numa espécie de retorno à terra natal, o personagem Léo encontrará os hipopótamos do título, que não são outra coisa que pessoas do seu passado.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Julio Daio Borges
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