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Quarta-feira,
26/8/2015
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Pantanal
>>> Tivemos sorte. Nosso guia, o biólogo Bruno Grolli Carvalho, conquistou as crianças e despertou seu interesse com sua paixão e conhecimento da natureza. No dia de vir embora, a seu convite, acordamos às cinco da manhã para ver o sol nascer. Em meio aos jacarés que costumam se reunir junto do embarcadouro, embarcamos em duas canoas e subimos o rio, remando, ainda no escuro. Até que o sol despontou e com ele a gritaria, a algazarra das aves e dos bichos. E nós ali em silêncio, amanhecendo junto.
por Marilia Mota Silva
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Por que a discussão política tem de evoluir
>>> Acredito que faz parte da nossa imaturidade política reduzir tudo a uma briga de torcidas. A realidade é muito mais complexa do que isso. Ocorre que dá mais trabalho lidar com todas as nuances. Deveríamos aproveitar este momento - onde a visão polarizada causou tantos estragos - para tentar superar esta fase, em que, se você não concorda comigo, você é meu inimigo - e eu tenho de acabar com você. Não vamos construir um país assim.
por Julio Daio Borges
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Não olhe para trás (ou melhor, olhe sim)
>>> Seguir sempre em frente, sem olhar para trás. Algumas pessoas pensam dessa forma e ditam suas vidas por esse princípio. O que passou, passou, não volta mais. A flecha lançada não volta ao arco. A palavra dita não retorna à boca. A ofensa proferida, o soco no rosto, a oportunidade perdida, o e-mail enviado... Esqueça. Não há como voltar ao passado, muito menos mudá-lo.
por Cassionei Niches Petry
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Fake-Fuck-Fotos do Face
>>> Que a vida se tornou uma mentirinha para ser postada no facebook todo mundo já sabe. Quem nunca postou uma foto ridícula no Face, que atire a primeira pedra. O problema é que o ridículo se generalizou. A grande maioria das fotos postadas no Face ou é de um extremo mal gosto ou é de um narcisismo canhestro. Para entender esse "espírito do tempo", só mesmo sociólogos, psicanalistas e filósofos dispostos a colocar o pé na lama.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Silêncio
>>> Ansiamos pelo silêncio como satisfação de necessidade básica. Não o silêncio do mutismo imposto. Silêncio não significa ausência de sons. Ao contrário, quando podemos escutar determinados sons é que nos certificamos do silêncio. Silêncio não é ausência de diálogo. Por vezes diálogos intensos travam-se no silêncio entre pessoas que se conhecem profundamente. Ainda que seja necessário um regular isolamento, a busca pelo silêncio não implica em solidão.
por Ricardo de Mattos
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Dando conta de Minas
>>> Quatrocentos e oitenta e dois quilos de ouro em volta, e um "caminhão desengarajado". O termo técnico era este mesmo, "desengarajado", explicou o comandante do Corpo de Bombeiros da cidade de Tiradentes (MG), diante da minguada plateia reunida para o concerto beneficente. Na exuberante igreja Matriz de Santo Antônio, a riqueza do passado parecia desdenhar da situação presente.
por Marta Barcellos
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Em noite de lua azul
>>> A lua, cheia de graça, repousa solene, envolta em nuvens de gaze. Eleva-se aos sobrados do início de séculos distantes, diáfana, já pouco mais visível. E então recordamos que o luar nos foi da vida retirado como as matas decepadas, como os rios cimentados, os índios em bugres transformados. Companheira dos tristes, mais fácil vê-la poetizada por simbolistas, parnasianos e românticos; a mesma que fora e ainda é hoje.
por Elisa Andrade Buzzo
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O poeta, a pedra e o caminho
>>> Aparentemente o poeta/personagem deixou a pedra pra trás, sem nela tocar. A pedra virou passado, memória, pois dela ele nunca se esqueceria, como prometeu. O "obstáculo", palavra que carrega um sentido negativo intrínseco, tornou-se uma espécie de epifania, um congelamento de um instante único, fotografia de um sentimento. Pelo visto o poeta respeitou o estado da pedra: una, dura, estática. Estaria ela ainda lá?
por Wellington Machado
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O testemunho de Bernanos
>>> Os Grandes Cemitérios sob a Lua talvez seja o mais conhecido livro de combate do romancista francês Georges Bernanos, autor de Sob o Sol de Satã e Diário de um pároco de aldeia. Escrito no período em que residiu na Espanha, durante a tristemente famosa Guerra Civil daquele país, é dirigido aos seus compatriotas como um alerta sobre o estado de coisas que ali presenciou.
por Celso A. Uequed Pitol
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George Orwell e o alerta contra o totalitarismo
>>> 1984 continua sendo um dos livros mais importantes do século XX. Para aqueles que o acham pessimista, é importante conhecer um pouco da vida de George Orwell. Uma análise detalhada demonstra que Orwell não pretendia ser profeta. Ela pretendia nos alertar sobre como se tornaria o mundo se abdicássemos de liberdade e privacidade. O mundo será como em 1984 quando as pessoas deixarem de lutar contra o autoritarismo. Se todas as pessoas se acomodarem, é isso o que acontecerá.
por Gian Danton
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Influências da década de 1980
>>> A década de 1980 é um divisor histórico contemporâneo. Essa época é marcada como a transição da Guerra Fria para uma nova ordem mundial, com os primeiros ensaios para uma economia neoliberal mais abrangente (vide o Consenso de Washington) e o término entre as tensões do mundo bilateral. Um dos principais pontos sobre a compreensão desse período está na exacerbação midiática que veio se construindo (e se desconstruiu e reinventou após o boom da internet e da informatização).
por Guilherme Carvalhal
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Gerald Thomas: cidadão do mundo (parte final)
>>> O final do livro Gerald Thomas: cidadão do mundo, organizado por Edi Botelho, é reservado para o comentário de algumas peças e óperas montadas pelo dramaturgo nos últimos anos, como também para Thomas falar e refletir sobre si mesmo. Há uma parte um pouco melancólica, denominada "Todas!", em que Gerald Thomas comenta os problemas que envolvem a sua imagem pública.
por Jardel Dias Cavalcanti
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O romance do 'e se...'
>>> E se não tivéssemos saído de casa naquele dia fatídico? E se eu não tivesse parado para amarrar os tênis antes de passar por baixo da marquise que desabou? E se você tivesse ficado em casa naquele dia em que conheceu a namorada na boate? E se Tancredo Neves não tivesse morrido? E se não existisse literatura? Se eu não conhecesse a obra anterior de Miguel Sanches Neto, talvez não tivesse lido seu recente romance.
por Cassionei Niches Petry
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Xadrez, poesia de Ana Elisa Ribeiro
>>> Existem os poetas das alturas. Aqueles para quem a linguagem transcende o tema, embora o tema esteja lá, guardado, subterraneamente, na vida de sua sintaxe. Ana Elisa faz outro tipo de poesia. Ela passa pelo mundo, presa às pequenas torpezas da existência prosaica. É ali que ela transfigura o que seria apenas um drama banal (afinal, a vida é banal) em poesia. Não sem humor, não sem ironia, não sem nos dar de presente a surpresa do insight sobre nossa prosa cotidiana feita de amor, desilusão, prazer, emoção.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Espírito e Cura
>>> Há o que se cure e há o não se cure. Doença e saúde são condições muitas vezes coexistentes na mesma pessoa. Cura-se a pneumonia, mas não o diabetes. As formas de câncer podem ser tratáveis e a remissão ocorrer ou não. Alguém pode ser portador do vírus HIV e ter mais qualidade de vida que muitos não portadores. Transtornos mentais podem ser controlados ou não. Aprender a conviver com o que não tem cura é um índice de saúde.
por Ricardo de Mattos
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Julio Daio Borges
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